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A Associação dos Hotéis e Resorts de Angola (AHRA) queixou-se, esta quarta-feira, das baixas taxas de ocupação, ausência de créditos financeiros bonificados, falta de uma central logística e de energia e água canalizada, em algumas zonas, para alavancar o sector.
A conferência "Doing Business in Angola" que decorreu, terça-feira, em Lisboa, reuniu empresários portugueses de destaque com experiência consolidada e aqueles que aspiram ingressar no mercado angolano.
O Senegal, que projecta o arranque da produção de petróleo e gás em 2024, está interessado em adquirir a experiência angolana no domínio dos hidrocarbonetos, declarou, em Luanda, o director de Exploração e Produção da Empresa Nacional de Petróleo daquele país, PetroSen.
Joseph Oufon Medou disse ao Jornal de Angola, à margem da 4ª Conferência Anual de Exposição de Petróleo e Gás (Angola Oil and Gas 2023), realizada na capital do país, na quarta e quinta-feira da semana passada, que o Senegal está interessado obter expertise (experiência) angolana em matéria de pesquisa, exploração e produção de crude, para que possa desenvolver a sua economia e beneficiar o continente africano.
"O Senegal está a projectar produzir petróleo e gás, a partir do próximo ano, e estivemos em Angola, no âmbito da Conferência Anual de Petróleo e Gás, com o objectivo de adquirir a experiência e o know how para o desenvolvimento futuro deste sector no nosso país. Angola produz petróleo há mais de 70 anos e é importante absorvermos conhecimentos deste país irmão”, disse Joseph Oufon Medou.
O director de Exploração e Produção da PetroSen disse que a ideia de contar com a experiência angolana surgiu aquando da visita a Angola do Presidente do Senegal, Macky Sall, em Maio do ano passado.
Joseph Oufon Medou indicou que a estratégia do Senegal de emprego do petróleo e gás estabelece que uma parte da produção seja utilizada na indústria farmacêutica e de fertilizantes.
No final das conversações mantidas com o Senegal, em Maio do ano passado, uma das decisões anunciadas incidia sobre a partilha da vasta experiência angolana no domínio petrolífero com aquele país da África Ocidental.
O Presidente João Lourenço e o homólogo senegalês informaram, na ocasião, à imprensa, que a cooperação neste domínio é parte dos compromissos assinados em Luanda.
Macky Sall destacou o interesse em aproveitar o conhecimento de Angola em termos de marcos regulatórios e negociações com empresas petrolíferas transnacionais, adopção de contratos com multinacionais e capacitação técnica de pessoal.
De lembrar que, após a descoberta de mais de mil milhões de barris de petróleo e 120 toneladas de gás natural, no mar do Senegal e da Mauritânia, desde 2014, uma série de projectos estão em curso naquele país, prevendo-se que venham a ter um forte impacto na transformação da economia da África Ocidental, nos próximos cinco anos.
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