Robertinho, Pedro Cabenha e Baló Januário formaram o trio de artistas que estiveram no concerto e foram acompanhados pela Banda Real. O primeiro momento musical esteve a cargo do grupo tradicional Kudimuena Kota, com a habitual proposta dos ritmos do Reino do Ndongo.

A Banda Real não ficou apenas com o suporte dos artistas, teve os instrumentos afinados para dar continuidade à actividade. O guitarrista França Kamalengue decidiu homenagear, num primeiro momento, o cantor Justino Handanga, pelo contributo à cultura nacional. Interpretou o tema "Paulina”.

De seguida, Pepelo solou o famoso "Patos Fora” e mais músicas do cancioneiro angolano foram executadas pela Banda Real. Esteve em palco, também, Miqueias Ramiro (teclados), Guiló (bateria), Simão (baixo) e Valdo (percussão).

Actuação dos três gigantes

Robertinho teve uma entrada triunfal e não passou despercebido. Lentamente galgou passos firmes ao centro do palco cantando o sucesso "Desespero”, lançado no final dos anos 80. Pela actuação mereceu vários aplausos da plateia. Ao interpretar a música movimentou e reuniu o "pequeno público” à volta da pista.

Robertinho acelerou com "Kiowa”, um dos temas mais ritmados em língua Kimbundo, que provocou um pé de dança entre os casais.  Para fechar, o cantor não deixou os créditos em mãos alheias, fez jus ao nome e recorreu ao som do semba "Sessa” e "Kakinhento”. Na sequência, o músico Pedro Cabenha interpretou os sucessos” Michel”,”Beiral”, "Liguindo”, "Catatu” e "Adiakimi”. O último artista convidado a actuar foi Baló Januário. Subiu ao palco por volta das 17h30. Abriu com o "Azar da Belita”, música que aborda conflitos conjugais. Para recordar os velhos e bons momentos do estilo cabecinha, Baló Januário interpretou "A Culpa é Minha”, lançado em 2023, e seguiu com o sucesso "Na Casa da Mana” e "Boca na Botija”. O responsável avançou que a próxima edição do projecto cultural e artístico acontece no dia 28 de Abril. O palco do Almoço Angolano tem engrandecido o estilo semba e recebeu vários músicos da praça nacional.