O sector de Seguros no país registou um crescimento de 17 por cento em relação ao ano anterior, tendo os prémios brutos emitidos atingido os 360 mil milhões de kwanzas.
Os dados foram apresentados, na sexta-feira, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administração da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG).
Elmer Serrão falava numa mesa-redonda sobre o sector dos Seguros em Angola. Considerou que os dados preliminares demonstram ter tido o sector segurador um balanço positivo.
No evento, em que participaram 12 seguradoras, o PCA referiu, por outro lado, que foi um sinal positivo que engloba todos os segmentos de negócio, com excepção do "Ramo Viagens”.
O gestor sublinhou que os prémios do "Ramo Vida” cresceram 89 por cento e os seguros de responsabilidade civil geral ficaram com um aumento de aproximadamente 49 por cento.
No que respeita às indemnizações, Elmer Serrão disse que as seguradoras pagaram aos segurados um valor de aproximadamente 149 mil milhões de kwanzas, representando uma taxa de sinistralidade de 41 por cento, contra 33 por cento do ano anterior.
Disse ainda que, pela primeira vez em cinco anos, a taxa de sinistralidade do mercado inverteu a tendência decrescente, situação fortemente influenciada pelo aumento da sinistralidade no ramo petroquímico, onde se registou uma taxa de 29 por cento, ao contrário dos 2,0 registados no exercício de 2023.
De acordo com Elmer Serrão, o mercado enfrenta constantes desafios e evolução regulatória, por isso, torna-se imperativo que as instituições financeiras e as seguradoras adoptem práticas sólidas de compliance.
"Este conjunto de normas, procedimentos e controlos têm como objectivo primordial assegurar a conformidade com todas as leis, regulamentos e padrões éticos, promovendo a transparência, a integridade e a confiança”, disse.
Numa recente entrevista concedida ao Jornal de Angola, o PCA da Arseg, Elmer Serrão, alertou para a necessidade das 24 seguradoras inseridas no mercado nacional criarem produtos que sejam adaptados ao perfil de rendimento do cliente alvo e que consigam dar protecção às verdadeiras necessidades que "estas pessoas enfrentam”.
Citou, como exemplo, a possibilidade de se desenhar seguros a um preço mais económico no ramo da Saúde mesmo que não seja tão abrangente, mas seja capaz de dar uma cobertura específica às grandes endemias do país.
A produção de seguro directo do conjunto das empresas supervisionadas pela ARSEG tinha registado, em 2022, um crescimento de 12,5 por cento em relação ao ano anterior.
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