A segunda fase do Programa de Privatizações (Propriv), que está a ser gizado pelo Executivo angolano para os próximos três anos, foi apresentada esta semana aos investidores internacionais em Portugal, durante a conferência “Doing Business Angola”, que decorreu em Lisboa de 26 a 28 do mês em curso.
Na ocasião, Augusto Kalikemala lembrou aos investidores que o programa é bastante abrangente e inclui empresas de todos os sectores de actividade, com destaque para as infra-estruturas, logística, transportes, seguros e empresas como Sonangol, Unitel, SGA, Gestora de Aeroportos, e até o BFA e a TAAG.
Por seu turno, o partner da Vieira de Almeida, Paulo Trindade Costa, disse que Angola tem em curso um ambicioso programa de privatizações que visa a venda de várias companhias estratégicas.
"As empresas estratégicas vão atrair muito interesse, como a Sonangol, Unitel, Banco de Fomento Angola (BFA), Endiama, pois são entidades que vão atrair bastante interesse pela dimensão, expectativa, pela reestruturação prévia para se adaptarem e para estarem presentes no mercado”, disse Paulo Costa.
Acrescentou que as grandes empresas vão sempre ser muito interessantes e por isso "vão atrair muitos interessados”.
O responsável considera que os procedimentos escolhidos não têm prejudicado as privatizações.
"Não é a falta de ajuste directo que possa ter prejudicado o Programa de Privatizações de Angola. Os activos têm sido privatizados, o Estado tem recebido o seu dinheiro. Acreditamos que, apesar de tudo, a falta de outros mecanismos não tem sido um elemento que levasse a repensar a política que tem sido seguida”, justificou Paulo Costa.
Sobre a fiabilidade do sistema judicial angolano, disse que "não pode ser visto aos olhos de um país mais desenvolvido. É óbvio que o sistema judicial angolano não inspira ainda a confiança necessária”.
Sobre a previsibilidade fiscal, disse que "teria mais medo de investir em Portugal do que em Angola, que tem tido um quadro fiscal estável”.
"Olhamos para Angola com o estado de desenvolvimento que Portugal tinha há décadas atrás”, resumiu o advogado.
A conferência "Doing Business Angola” é um evento organizado pelo Jornal Económico e a Forbes África Lusófona com o objectivo de reunir investidores internacionais.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginA Mina do Luele, na província do Lunda-Sul, vai contribuir para o aumento significativo da produção de diamantes no país, afirmou, esta segunda-feira, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.
A consultora BMI Research considera que o Banco Nacional de Angola (BNA) deverá manter a taxa de juro directora em 18% no próximo ano, depois da subida deste mês, com o fraco crescimento económico a desincentivar novas subidas.
Mais de 500 postos de trabalhos foram gerados pela Nova Cimangola, empresa que, actualmente, possui 1.170 trabalhadores directos e integrou nos quadros mais de cinco centenas de novos profissionais nos dois últimos anos.
A transportadora aérea nacional (TAAG), vai aumentar para seis, a partir de 11 de Dezembro próximo, as frequências semanais na rota entre Luanda e São Paulo, Brasil, dando "mais opções de mobilidade" aos seus passageiros e clientes.
A ministra dos Negócios Estrangeiros do Japão, Yoko Kamikawa, pediu "mais esforços" a Moçambique para melhorar e manter a situação de segurança em Cabo Delgado, onde as empresas japonesas têm interesse nos projectos de gás natural.
A província do Huambo acolheu, segunda-feira, o seminário de Capacitação sobre a Janela Única de Investimento (JUI) e facilidades, organizado pela Agência de Investimento Privado e Produção das Exportações (AIPEX).