Economia

Segunda fase do programa de privatizações foi apresentada a investidores estrangeiros

A segunda fase do Programa de Privatizações (Propriv), que está a ser gizado pelo Executivo angolano para os próximos três anos, foi apresentada esta semana aos investidores internacionais em Portugal, durante a conferência “Doing Business Angola”, que decorreu em Lisboa de 26 a 28 do mês em curso.

30/09/2023  Última atualização 14H17
Programa de Privatizações (Propriv) © Fotografia por: DR
A apresentação do programa coube ao administrador executivo do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), Augusto Kalikemala. 

Na ocasião, Augusto Kalikemala lembrou aos investidores que o programa é bastante abrangente e inclui empresas de todos os sectores de actividade, com destaque para as infra-estruturas, logística, transportes, seguros e empresas como Sonangol, Unitel, SGA,  Gestora de Aeroportos, e até o BFA e a TAAG.

Por seu turno, o partner da Vieira de Almeida, Paulo Trindade Costa, disse que Angola tem em curso um ambicioso programa de privatizações que visa a venda de várias companhias estratégicas.

"As empresas estratégicas vão atrair muito interesse, como a Sonangol, Unitel, Banco de Fomento Angola (BFA), Endiama, pois são entidades que vão atrair bastante interesse pela dimensão, expectativa, pela reestruturação prévia para se adaptarem e para estarem presentes no mercado”, disse Paulo Costa.

Acrescentou que as grandes empresas vão sempre ser muito interessantes e por isso "vão atrair muitos interessados”.

O responsável considera que os procedimentos escolhidos não têm prejudicado as privatizações.

"Não é a falta de ajuste directo que possa ter prejudicado o Programa de Privatizações de Angola. Os activos têm sido privatizados, o Estado tem recebido o seu dinheiro. Acreditamos que, apesar de tudo, a falta de outros mecanismos não tem sido um elemento que levasse a repensar a política que tem sido seguida”, justificou Paulo Costa.

Sobre a fiabilidade do sistema judicial angolano, disse que "não pode ser visto aos olhos de um país mais desenvolvido. É óbvio que o sistema judicial angolano não inspira ainda a confiança necessária”.

Sobre a previsibilidade fiscal, disse que "teria mais medo de investir em Portugal do que em Angola, que tem tido um quadro fiscal estável”.

"Olhamos para Angola com o estado de desenvolvimento que Portugal tinha há décadas atrás”, resumiu o advogado.

A conferência "Doing Business Angola” é um evento organizado pelo Jornal Económico e a Forbes África Lusófona com o objectivo de reunir  investidores internacionais.

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