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Sector petrolífero dá mais oportunidades para os jovens no mercado de trabalho

A Associação das Empresas Prestadoras de Serviços à Indústria Petrolífera (AECIPA) assinou, na terça feira, um acordo de parceria com o Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC), para a realização de estágios profissionais dos licenciados da instituição nas diversas áreas do sector petrolífero.

02/02/2023  Última atualização 07H45
© Fotografia por: DR
O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro Azevedo, disse, no final da cerimónia, que o programa é uma mais-valia para os jovens, por dar aos licenciados habilidades para adquirirem competências necessárias, quando entrarem no mercado de trabalho.

O acto, iniciativa da AECIPA, em parceria com o Centro de Formação Profissional "The Bridge Global”, conta com o apoio institucional do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e da Sonangol. O projecto foi criado para o fomento da empregabilidade e de mais oportunidades profissionais para os jovens angolanos.

 Projecto "Criar”

A AECIPA aproveitou a actividade para apresentar ao público o projecto "Criar”, um programa de desenvolvimento profissional para recém-licenciados, de abrangência nacional, que visa preparar jovens licenciados angolanos ao primeiro emprego, através de estágios, com a duração de seis, 12 e 18 meses, em empresas do sector petrolífero.

Actualmente, a AECIPA conta com 150 empresas que actuam no sector da banca, seguros e engenheira. O referido programa vai beneficiar, inicialmente, todos os recém-licenciados do ISPTEC.

O presidente da AECIPA, Bráulio de Brito, avançou que estão abertas as inscrições e o centro prevê inserir pelo menos dois candidatos em cada empresa. O programa, explicou, é para o apoio complementar às políticas activas do Governo de inserção dos jovens na vida profissional.

Bráulio de Brito destacou a existência de empresas dispostas a receber os estagiários, com complementos de capacitação capazes de aumentar as respectivas competências e promover a empregabilidade no seio da juventude.

O programa, esclareceu, vai envolver todas as empresas da indústria petrolífera. Na ocasião, Bráulio de Brito apelou às empresas prestadoras de serviço à indústria petrolífera para se associarem à iniciativa, demonstrando compromisso com a formação dos recursos humanos e o desenvolvimento de Angola.

 Dez vagas

O presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, afirmou, na cerimónia, que a instituição, enquanto patrona do programa, vai disponibilizar, inicialmente, dez vagas para estágios.

Para Sebastião Martins, é importante haver o equilíbrio entre a teoria e a prática. "A Sonangol pede, geralmente, aos candidatos que tenham no mínimo alguns anos de experiência, o que causa impasses aos estudantes licenciados”, disse.

 O programa

A responsável do Centro de Formação Profissional "The Bridge Global”, Leonor Sá Machado, começou por esclarecer que os pais têm a responsabilidade de apoiar os filhos, em especial quanto à formação. Porém, adiantou, para garantir o futuro, os jovens precisam de oportunidades para ganharem experiência.

A área de actuação do licenciado, esclareceu, deve ser, preferencialmente, relacionada com a formação. No final do período de estágio, os candidatos partem para os novos empregos e são substituídos por outros estagiários.

 Quatro fases

Para participar no projecto, explicou, o estudante passa por quatro fases. Na primeira, o jovem inscreve-se no programa no centro de formação profissional "The Bridge”, que a seguir faz a selecção dos candidatos e ministra a formação comportamental. A segunda fase inclui um acordo de cooperação entre as empresas e o centro de formação. Na terceira, o centro contacta as empresas informando que tem candidatos com o perfil solicitado.

Na última fase do processo, as empresas recebem dois recém-licenciados, por seis, 12 ou 18 meses, sempre com o apoio, formação e acompanhamento do centro de formação profissional The Bridge.

"As empresas não têm qualquer relação directa com os estagiários, o centro profissional toma conta do jovem e é responsável pelo projecto”, aclarou.

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