Economia

Sector eléctrico mostra planos de médio prazo

Joaquim Suami

Jornalista

O Plano de Acção do Sector de Energia, projectado para o período 2023 - 2027, prevê atingir uma taxa de electrificação de 50 por cento, num investimento aproximado de 12 mil milhões de dólares.

11/05/2024  Última atualização 10H50
Secretário de Estado para a Energia, Arlindo Carlos © Fotografia por: CEDIDA

A informação foi  avançada pelo secretário de Estado para a Energia.

Arlindo Carlos fez a abertura, ontem, em Luanda, do II Fórum de Energia e Ambiente, promovido pelo Jornal Expansão.

Na ocasião, destacou que, no mesmo período, o plano do sector, alinhado com a Estratégia de Longo Prazo 2050, prevê a continuidade da diversificação do "Mix energético”, de forma a incorporar pelo menos 72 por cento de energias renováveis, dos quais 1,2 gigawatts (GWdc) de fonte solar. Outra meta a atingir é o projecto de construção dos parques solares fotovoltaicos, uma acção que será concluída nos próximos anos.

"Estas centrais  vão contribuir  para o aumento da capacidade instalada de geração solar fotovoltaica em cerca de  584,50 MWdc injectados à rede e 90 MWdc com 25 MWh (megawatts/hora) de armazenamento com baterias", garantiu.

De acordo com o secretário de Estado para a Energia, com estas valências futuras e para a concretização das metas previstas pelo Governo, as instituições financeiras e o sector privado desempenham um papel determinante.

Visão da EY

Por sua vez, o parceiro (partner) da EY, André Afonso, defendeu no encontro a necessidade de um grande investimento no sector da Energia em Angola. Segundo estimou, são necessários valores na ordem dos 106 mil milhões de dólares até 2050, dos quais entre 15 e 20 mil milhões devem ser investidos até 2030.

André Afonso, que apresentou no fórum o tema "A participação dos privados na matriz energética nacional”, realçou que a intensidade da transferência de risco pode definir o modelo de participação do sector privado na entrega de infra-estruturas.

Conforme disse, as energias renováveis têm sido um dos sectores mais bem sucedidos na utilização de fundos públicos, para mobilizar financiamento e investimento privado.

Tal facto tem alimentado um crescimento sustentado de dois dígitos das energias renováveis nas últimas décadas.

"Os progressos têm sido desiguais e particularmente negativos na África Subsaariana”, referiu  André Afonso, que destacou a importância da parceria G7-África.

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