Sociedade

Secretário de Estado defende maior humanização nos serviços hospitalares

Engrácia Francisco

Jornalista

O secretário de Estado da Saúde para a Área Hospitalar exigiu terça-feira, na abertura das II Jornadas Científicas do Hospital Geral de Luanda, aos profissionais do sector maior qualidade e cuidado na prestação dos serviços aos utentes.

06/12/2023  Última atualização 11H36
Leonardo Inocêncio, na II Jornadas Científicas do Hospital Geral de Luanda © Fotografia por: Maria Augusta | Edições Novembro
Leonardo Inocêncio disse que, a nível da capital, os hospitais que mais recebem pacientes nas urgências são os Hospitais Gerais de Luanda e Cajueiros. "Não queremos olhar só para os números, mas também à qualidade da prestação dos serviços, de forma a melhorar o grau de assistência à população”, referiu.

Na ocasião, o secretário de Estado recomendou às direcções dos hospitais a optarem por uma comunicação eficaz e humanizada, de forma a acabar com a presença de familiares de doentes a pernoitarem no exterior das unidades sanitárias.

Concorrência

Durante o encontro, o secretário de Estado da Saúde para Área Hospitalar aconselhou às direcções dos hospitais a prestarem mais atenção aos utentes. "A concorrência a nível dos hospitais já começou. Estávamos à espera da melhoria das infra-estruturas, equipamentos, recursos humanos e financeiros, já temos. Agora, temos de mostrar o melhor serviço em prol das populações”, recomendou.

Ganhos alcançados

O Executivo angolano, destacou, fez um grande investimento em infra-estruturas no Serviço Nacional de Saúde, tendo construído mais de 172 unidades sanitárias, aumentando o número de camas em mais 8.492. "Actualmente, existem mais de 33 mil camas hospitalares”, avançou.

O enquadramento nos serviços públicos de 41.000 novos profissionais na carreira especial e no regime geral, realçou, corresponde a um incremento de 35 por cento do total da força de trabalho no sector da Saúde.

Capacidade

De acordo com o director do Hospital Geral de Luanda, Francisco Quintas, a instituição tem 124 médicos, mas apenas 84 estão em exercício, dos quais 48 especialistas e 36 internos. Na área de Enfermagem, referiu, contam com 954 enfermeiros, dos quais 320 estão em exercício e destes apenas nove são licenciados.

A nível de infra-estruturas, avançou, o hospital dispõe de três bancos de urgência, quatro blocos operatórios, uma Unidade dos Cuidados Intensivos (UCI) e sala de partos.

Assistência clínica

Desde o início do ano até ontem, o Hospital Geral de Luanda atendeu um total de 98.784 utentes, sendo 63.147 nos bancos de urgência e 35.637 nas consultas externas. Nas urgências, avançou, foram atendidos 21.858 pacientes em Medicina Interna, Pediatria (15.552), Ortopedia e Traumatologia (10.722), Cirurgia Geral (6.946), Obstetrícia (5.135) e Ginecologia (2.370). "Um total de 375 pacientes morreu nas urgências do hospital”, lamentou.

O médico Francisco Quintas avançou que o Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda principal causa de morte no hospital, com 49 por cento, depois da malária complicada, com 61 por cento.

O Hospital Geral de Luanda, continuou, realizou, em Fevereiro último, campanhas cirúrgicas massivas, entre as quais constam 826 cirurgias de cataratas, 621 de hérnias inguinais e 145 de pé boto.

Actualmente, salientou, a unidade, que também é considerada um Hospital Escola para o Ensino Médio e Superior, dispõe de um internato de especialidade médica, para as áreas de Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgia, Ortopedia e Traumatologia.

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