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Saúde em Cabinda aposta na especialização dos médicos

José Bule | Cabinda

Trinta e nove médicos clínicos gerais, colocados nas unidades hospitalares de Cabinda, vão, dentro de seis anos, tornar-se especialistas em várias áreas da Medicina, no âmbito do Programa de Formação Especializada dos Recursos Humanos do Ssctor da Saúde, promovido pelo Governo local.

03/08/2024  Última atualização 09H05
Secretário Provincial da Saúde de Cabinda, Rúben Buco. © Fotografia por: Fotografia: Edições Novembro/Cabinda
Segundo o secretário provincial da Saúde em Cabinda, Rúben Buco, que avançou a informação ao Jornal de Angola, o objectivo é reduzir ao máximo os custos da contratação de médicos expatriados e tornar a província mais autónoma em termos de assistência aos doentes.

O responsável explicou que os médicos seleccionados recebem formação especializada nas áreas de Ortopedia e Traumatologia, Otorrinolaringologia, Pediatria, Anatomia Patológica, Imagiologia, Cuidados Intensivos, Nefrologia, Maxilo-facial, Gastroenterologia, Ginecologia e Obstetrícia, Medicina Interna, Urologia, Dermatologia e Medicina Familiar. 

"Estamos a potenciar os médicos locais, para que a província tenha maior capacidade de resposta às diversas situações de saúde que possam vir a ocorrer”, adiantou.

Rúben Buco salientou o facto de a formação decorrer localmente, em várias unidades de saúde da província, onde os custos são reduzidos, "ninguém paga renda, os médicos dormem nas suas próprias residências e gastam dos seus ordenados para chegarem aos locais de formação”.

Portanto, prosseguiu, não existem cláusulas contratuais que requerem políticas diplomáticas com outros países para desenvolver esse processo formativo na província de Cabinda.

"Só isso já nos confere alguma independência, em termos de funcionamento laboral. A dependência estrangeira condiciona muito, porque depois de algum tempo tende a limitar a acção médica”, justificou.

O secretário provincial da Saúde em Cabinda esclareceu que, actualmente, todo o médico estrangeiro contratado para trabalhar em Angola deve ter as componentes técnico-profissionais, como capacidade de resposta assistencial e a docência, para poder formar médicos na sua área de especialidade.

"Com essa estratégia, cada médico estrangeiro contratado para trabalhar no nosso país, deverá deixar-nos com pelo menos cinco ou seis médicos especialistas. Esta é a nossa grande missão”, concluiu.

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