Os Estados Unidos estão a reavaliar os aspectos mais rígidos de uma proibição de diamantes russos pelos países do G7, depois da oposição de países africanos, polidores de pedras preciosas indianos e joalheiros de Nova Iorque, disseram sete fontes citadas pela Reuters.
O pacote de sanções, acordado em Dezembro e que inclui uma proibição em toda a União Europeia, representa uma das maiores mudanças na indústria em décadas, com duas das fontes familiarizadas com as negociações a afirmarem que os norte-americanos se desligaram dos grupos de trabalho do G7 sobre os controlos rigorosos, e uma delas descreveu-os como "presentes, mas não envolvidos".
O Departamento de Estado dos EUA não quis comentar, mas um alto funcionário do Governo disse que Washington não mudou a posição e que os Estados Unidos continuariam a trabalhar com o G7. "Queremos ter certeza de que encontraremos o equilíbrio certo entre prejudicar a Rússia e garantir que tudo seja implementável”, disse o funcionário, que falou sob anonimato.
As sanções do G7 visam atingir outro fluxo de receitas para o esforço de guerra da Rússia na Ucrânia, embora os 3,5 mil milhões de dólares declarados como resultados de 2023 pela mineradora estatal russa Alrosa (accionista da Sociedade Mineira de Catoca) representam uma pequena fracção dos lucros que Moscovo obtém com o petróleo e o gás.
Desde Março, os importadores dos países do G7 devem certificar-se de que os diamantes não são originários da Rússia, o principal produtor mundial de diamantes em bruto. Sanções foram impostas às importações directas de gemas russas em Janeiro.
A partir de Setembro, a proibição da UE exigirá que diamantes de 0,5 quilates ou mais passem por Antuérpia, um centro de diamantes centenário na Bélgica, para certificação de rastreabilidade usando blockchain (uma plataforma digital usada para as criptomoedas).
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