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SADC prolonga presença militar em Moçambique

Os Chefes de Estado dos países da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), reunidos quarta-feira (12) numa cimeira no Malawi, concordaram prolongar a presença de tropas em Moçambique para ajudar o Governo a combater a insurgência ligada ao Estado Islâmico.

13/01/2022  Última atualização 06H35
© Fotografia por: DR
"A Cimeira observou o bom progresso feito desde o destacamento da Missão da SADC em Moçambique e alargou o seu mandato”, lê-se no comunicado divulgado no final do encontro na capital do Malawi, Lilongwe, sem, no entanto, indicar por quanto tempo será a extensão, segundo anunciou a Associeted Press (AP).

Os países da SADC concordaram em Junho do ano passado no envio de tropas para ajudar Moçambique a enfrentar a insurgência, que se concentra na província de Cabo Delgado, no Norte, e já custou milhares de vidas desde que eclodiu em 2017.  A força SAMIM, na sigla em inglês, começou a operar no terreno a 9 de Agosto e em Outubro teve a sua missão alargada por três meses.

Ainda na nota emitida ontem é referido que "a Cimeira reconheceu a expressão de gratidão à SADC do Governo da República de Moçambique pela continuação do apoio regional face aos actos de terrorismo e extremismo violento em alguns distritos da província de Cabo Delgado, apesar dos recursos limitados e os desafios actuais impostos pela pandemia”.

No dia anterior, a troika, formada pela África do Sul, Namíbia e Botswana, que detém a presidência rotativa da SADC, neste momento já tinha endossado a extensão da missão. Na ocasião, o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, afirmou no encontro que "estamos todos cientes da necessidade de continuar a combater o terrorismo em Moçambique, um país irmão”.

A SADC e o Ruanda têm cerca de 2 mil soldados cada em Moçambique para ajudar o exército nacional a combater os terroristas ligados ao Estado Islâmico que desde Outubro de 2017 provocaram cerca de 3 mil mortos, mais de 850 mil deslocados e muita destruição em Cabo Delgado.



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