O então líder da lista A, Egas Viegas, anunciou a sua retirada da corrida para o cadeirão máximo do clube central das Forças Armadas Angolanas, no final da tarde de ontem, na sua página do Facebook, tendo desejado boa sorte a Sá Miranda, agora, o único candidato.

"Desde o começo que fizeram de tudo para nos tirarem do jogo, mas diante de mim não conseguiram, por isso, queriam a todo o custo outra pessoa. Lamentável. Não contem comigo para brincar de eleições. Que Deus vos perdoe e abençoe. Boa sorte para o meu D’Agosto com a liderança da lista B”, desabafou o advogado.

Dirigindo-se à Comissão Eleitoral, Egas Viegas prosseguiu na nota de desistência dizendo: "por favor, não brinquem de eleições, já somos todos adultos. Em nenhum momento, indiquei um mandatário oficial da lista, logo, na minha ausência, conforme orientaram ontem (quinta-feira), qualquer pessoa que eu indicar é nosso mandatário”.

Até à desistência de Carlos Hendrick e Egas Viegas, foram as eleições mais concorridas na história dos 47 anos do clube militar. A variedade de candidatos (3) é algo nunca até aqui vista.

Para este pleito, segundo a Comissão Eleitoral, presidida por Pedro Neto, general reformado, foi deliberada a presença de sócios com quota em atraso, em função da desconformidade dos cadernos eleitorais e no interesse maior do emblema, após a concertação feita com os dois candidatos.

Já os militares, estão igualmente habilitados a votar, ainda que não sejam sócios, devendo apenas estes apresentarem o passe profissional.

"Os homens da farda são livres de se dirigirem às urnas, com meios próprios ou transportes das unidades”, lê-se no comunicado assinado por Pedro Neto, mas recomenda à Comissão Eleitoral que devem fazê-lo com zelo, segundo a sua consciência, sem ordens superiores.

A nota em posse do Jornal dos Desportos refere que cada lista terá direito a 12 delegados e mais três suplentes, atribuindo responsabilidade a estes profissionais de fiscalizarem o processo e denunciarem supostas irregularidades.

Antes dos novos reajustes, o universo de eleitores com quotas pagas estava fixado em 96.475 validados. Deste número, 75.044 são militares no activo, ao passo que 12 mil são reformados e 9.379 são sócios civis.

Com a eleição de Sá Miranda, o novo presidente torna-se o nono da história do clube que começou pelas mãos de Santana André Pitra "Petroff”.