O Núcleo de Artistas Angolanos em Portugal realiza, amanhã, em Lisboa, uma Roda do Semba para encerrar as comemorações do 11 de Novembro, Dia da Independência.
De acordo com um comunicado da NAAP, grupo que reúne artistas plásticos, músicos, escritores e outros profissionais das artes residentes em Portugal, o último dia do evento "Independência 4.8” será marcado por uma conversa sobre a história da música angolana no período colonial, a que se segue o show "Roda do Semba”, com participação de vários instrumentistas convidados.
O debate, que conta com a moderação do percussionista Mick Trovoada, será antecedido pela exibição do filme "Canta Angola” (50 minutos), realizado por Ariel de Bigault. Trata-se de um video-documentário sobre a música popular angolana filmado e gravado em Luanda, em Janeiro de 2000.
"Um projecto que exprime os sentimentos e as aspirações populares, em que os músicos expressam a energia de viver para além da sobrevivência”, refere a realizadora Ariel de Bigault.
Amanhã está, igualmente, agendada uma conversa com Marinela Cerqueira, autora do livro "A juventude angolana no pós-independência: Contribuição a Análise Qualitativa” e coordenadora do projecto História Social de Angola. Licenciada em Economia pela Faculdade António Agostinho Neto e pós-graduada em Administração e Gestão de Desenvolvimento, o projecto de Marinela Cerqueira tem como principal objectivo colectar memória oral dos angolanos e disponibilizar conteúdos aos construtores da história social de Angola no período Pós Independência.
Sobre o seu livro, a autora afirma que todos os angolanos podem participar na construção da história social de Angola, recorrendo ao método da tradição oral.
"As gerações que testemunharam a conquista da independência apresentam sequelas da escravatura e das políticas da colonização, assentes na classificação dos nacionais em assimilados e não assimilados ou indígenas, com fraco acesso ao ensino, ao emprego e à habitação condigna. Com poucos quadros para governar o país e com as riquezas naturais de que os angolanos tanto se orgulham, estas gerações de adultos e jovens contam o que aconteceu, como aconteceu e em que condições, nos anos rígidos da Guerra Fria”, explica.
O evento "Independência 4.8” teve início no passado dia 11 do mês em curso, com a inauguração de uma exposição colectiva de artes plásticas em que participam os angolanos Lino Damião, Armanda Alves, Pemba, Don Ruelas, Thó Simões, Francisco Babu e Zizi Ferreira. Na mesma noite, um concerto de música angolana foi realizado pela Banda Kioche.
O evento contou com outras actividades ao longo do mês de Novembro, com destaque para a conversa com o escritor Alberto Oliveira Pinto sob o tema "construções da história de Angola nos séculos XX e XXI” e com o jornalista Israel Campos, autor do livro "E o céu mudou de cor”.
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