Cultura

Ritchelly e MCK destacam o papel do DJ no estilo rap

Elisabete Ferraz

Jornalista

MCK e o DJ Ritchelly defendem uma maior presença dos DJ nas apresentações dos rappers, durante uma mesa-redonda realizada no Festival “O Futuro Já Era”, promovido pelo Goethe Institut Angola, que encerra hoje, no Cine São Paulo.

27/07/2024  Última atualização 09H35
MCK (à direita) e DJ Ritchelly (ao centro) na mesa-redonda © Fotografia por: Luís Damião | Edições Novembro
"'Não faz sentido um rapper ir a um espectáculo com pendrive. O trabalho dos DJ no rap é fundamental, o mix e o scratch, aquela parte em que o DJ baixa o som e o público responde ou canta a música do rapper”.

Na ocasião, DJ Ritchelly aproveitou para explicar a diferença entre MC e rappers, tendo realçado a ligação que os rappers têm com os DJ do estilo, para se ter uma performance artística com qualidade.

DJ Ritchelly, um dos DJ que há anos trabalha no rap, falou também dos benefícios que os rappers poderão ter ao actuarem com DJ de rap.

O DJ tenciona mudar algumas coisas erradas que a nova geração de rappers tem cometido em termos musicais e sobre o choque que existe entre esta e a antiga geração, pois como afirmou "é um problema de aceitação”.

Já MCK afirmou que existe mais diversidade e artistas com perspectivas completamente diferentes e inovadoras, tendo lembrado que se registou uma grande evolução, porque antigamente só se ouvia SSP.

O artista referiu que a nova geração tem mais oportunidades, mas que precisa ser mais valorizada quer do ponto de vista quantitativo quer do qualitativo.

O movimento rap, argumentou, está sólido, tendo comparado a sua geração e a actual, assim como fez uma incursão sobre o impacto da Internet no consumo da música rap, da implicação do aumento de programas nas rádios, da nova geração diante da produção de eventos e da ausência de artistas de rap na ribalta da música angolana.

Na mesa-redonda onde foi discutido o estado do hip hop em Angola, abordou-se várias questões sobre o estilo musical e da sua cultura.

 Funguiça na ponta final

O colectivo Circuito Fechado leva, hoje, às 16h00, no Cine São Paulo, em Luanda, a performance Funguiça, para encerrar o Festival "O Futuro Já Era”, com um elenco integrado por Ray Panda, Samara Gourgel, Mãe Grande Kátia, Tio Moxico e Lito Skindoso.

O after party será da responsabilidade dos DJ Snobia, Buda e Pica Pau. Antes, o músico Uncle Jay e os Reais Camaradas abrilhantam com música ao vivo.

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