A administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power, e o secretário de Estado Adjunto dos Estados Unidos da América (EUA) para a Gestão e Recursos, Richard Verma, visitam Angola de 23 a 25 deste mês, com objectivo de reafirmar o compromisso do Governo Norte-Americano em apoiar a prosperidade, a segurança e a boa governação no país.
A revista francesa “Jeune Afrique” reconheceu os progressos alcançados nas reformas em curso, em Angola, desde o início de 2018, para a estabilização macroeconómica, com destaque para os sectores bancário e monetário.
Esta avaliação consta de um artigo inserido na sua edição de Abril deste ano, em que compara os desafios da governação do Presidente João Lourenço ao filme "Missão Impossível” de Tom Cruise.
Entre os principais resultados positivos, destaca a estabilização da moeda nacional (Kwanza), nas últimas semanas e o abrandamento da pressão sobre os preços.
Explica que a estabilização monetária está reflectida numa queda acentuada no diferencial entre as taxas de câmbio oficial e informal, passando "de um recorde de 150 por cento, em Dezembro de 2017, para 15 por cento em finais de 2020”.
A liberalização cambial, é assim, apontada como uma das primeiras reformas da era Lourenço, com a passagem de um regime fixo a um regime flutuante.
Depois disso, realça, o Kwanza depreciou-se quase 75 por cento em relação ao dólar americano e a dívida pública subiu mais de 80 por cento, com uma inflação galopante de 25,1 por cento, no final de 2020.
O periódico considera que estes "sinais positivos” surgem num "contexto delicado”, sobretudo depois da descida da notação de Angola pela agência "Fitch Ratings”.
Esta agência de notação financeira desceu, em Setembro de 2020, o "rating” de Angola para CCC, correspondente a investimento de risco extremamente alto.
Esta classificação fazia prever um cenário pior, com uma possibilidade real de incumprimento financeiro, em Angola, devido ao "significativo aumento” da dívida pública e à "deterioração das finanças públicas”.
Mas o Executivo angolano "conseguiu estabilizar” a situação no plano macroeconómico, obtendo, ao mesmo tempo, moratórias dos seus principais credores, para o reembolso da sua dívida, que atingiu um pico de 130 por cento do PIB, em finais de 2020.
Segundo a fonte, trata-se de credores como o G20 e a China, cujas moratórias, negociadas pela ministra angolana das Finanças, Vera Daves, vão até Junho de 2021 e finais de 2022, respectivamente.
Esta flexibilização teria permitido a Angola "evitar a catástrofe”, oferecendo ao país "uma lufada de oxigénio” para os próximos dois anos, sublinha a "Jeune Afrique”. Outra reforma-chave mencionada no texto refere-se ao "saneamento” do sector bancário, através da reestruturação de duas instituições à beira da falência, como o BPC e o BE, bem como a obrigação de recapitalizar os demais bancos.
Sobre os desafios que se colocam a João Lourenço, a revista diz tratar-se de um Presidente que foi eleito sob a promessa de ser "o homem do milagre económico”, encontrando-se, agora, "numa corrida cheia de obstáculos”.
Segundo a análise, a dívida, as privatizações e a Covid-19 são identificadas como os principais obstáculos para João Lourenço.
O articulista destaca que a comunidade internacional continua a apoiar João Lourenço, em particular o Fundo Monetário Internacional (FMI), que aumentou para cerca de 4,5 mil milhões de dólares o montante do seu empréstimo.
Argumenta que a instituição financeira internacional validou, em finais de 2020, dois dos oito indicadores de reformas estruturais do Presidente Lourenço, e reconheceu os progressos feitos nos outros seis.
As demais instituições seguiram o mesmo passo, com o Banco Mundial (BM) a desembolsar 500 milhões de dólares americanos e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) 200 milhões, enquanto o Afreximbank anunciou perto de um milhão de dólares de investimentos no país. Isto sem contar com a subida do preço do petróleo, observada desde o início do ano, como um outro factor externo que joga a favor do Executivo angolano, tendo-se aproximando dos 70 dólares o barril, acrescenta a revista.
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