Política

“Reunião deve servir para revitalizar a parceria económica e comercial fora do sector petrolí1fero”

Jaquelino Figueiredo | Mbanza Kongo

Jornalista

A reunião entre os Presidentes de Angola, João Lourenço, e dos Estados Unidos da América, Joe Biden, deve ser aproveitada para a revitalização da parceria económica e comercial entre os dois países, com vista a captação de mais investimentos privados não petrolíferos, defendeu, ontem, em Mbanza Kongo, província do Zaire o jurista e politólogo Ramos Toco Lona.

30/11/2023  Última atualização 08H33
Politólogo Toco Lana expectante com a reunião de Washington © Fotografia por: Garcia Mayatoko | Edições Novembro
Diplomado em Ciências Políticas e Jurídicas e mestre em Gestão, Toco Lona defendeu, ainda, que o encontro deve servir, igualmente, para proporcionar oportunidade de inserção aos produtos nacionais para o mercado americano.

"Considero o encontro vantajoso porque haverá uma revitalização da parceria económica e comercial, com vista a captar mais investimentos privados fora do domínio tradicional que é da exploração de petróleo e gás, concretamente nas áreas da Agricultura, Energia, nas novas tecnologias, infra-estruturas e não só”, frisou.

Na vertente pública, segundo Ramos Toco Lona, com o encontro de hoje, na Casa Branca, Angola poderia beneficiar dos EUA os investimentos para lançar grandes projectos estruturantes, bem como no aspecto comercial ver as trocas comerciais crescerem com os EUA e oferecer oportunidades aos produtos angolanos de ter acesso ao mercado americano no âmbito do acordo comercial que os EUA assinaram com muitos países africanos. "A outra vantagem que poderia sair deste encontro entre o Governo angolano e a Administração americana tem que ver com o reforço da cooperação política e diplomática, no qual Angola vai ganhar mais credibilidade, enquanto parceiro estratégico em matéria de segurança internacional nesta região do mundo, por causa do seu posicionamento geo-estratégico, do seu potencial militar e da experiência na resolução de conflitos”, acrescentou.

Para os EUA, o referido encontro, como frisou, pode ser uma oportunidade para estender a sua influência diplomática e cultural em África, onde tem cidadãos de origem africana, ou seja, os afro-descendentes, cujo interesse é cada vez maior em redescobrir o continente dos seus antepassados. "Os sectores que podem ser prioritários nesta nova fase das relações entre os dois países, na minha óptica, são a Agricultura, as Energias Renováveis, Telecomunicações, Infra-estruturas e Finanças, este último para ver a situação da desvalorização do Kwanza”, frisou.

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