A Reserva Federal norte-americana não irá reduzir as taxas de juro até ter a certeza de que a inflação irá cair "de forma sustentável" em direcção ao objectivo de 2 por cento, segundo a acta da reunião de Janeiro publicada sexta-feira.
"Todos os membros afirmaram o firme compromisso com o regresso da inflação ao objectivo de 2 por cento", lê-se na ata da reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed), realizada nos dias 30 e 31 de Janeiro, na qual o banco central decidiu manter as taxas no intervalo entre 5,25 e 5,5 por cento, o nível mais elevado desde 2001.
Os membros do FOMC também assinalaram que os preços diminuíram ao longo do ano passado, com melhorias tanto na inflação global como na inflação subjacente, mas continuam "preocupados" e irão "avaliar cuidadosamente" os dados económicos.
A taxa de inflação nos Estados Unidos voltou a cair em Janeiro, depois de ter subido em Dezembro, para 3,1 por cento. A inflação subjacente, um dado fundamental que a Reserva Federal analisa para as decisões sobre taxas de juro, manteve-se em 3,9 por cento em termos homólogos.
O presidente do FED, Jerome Powell, disse na conferência de imprensa após a última reunião, que se a economia evoluir "amplamente como esperado, provavelmente será apropriado começar a reduzir as taxas em algum momento deste ano".
"A nossa taxa directora está provavelmente no seu pico para este ciclo de aperto", disse.
A
decisão do Fed ocorreu poucos dias depois de os EUA anunciarem que fecharam
2023 com um crescimento do PIB de 3,1 por cento, um valor superior ao estimado
pelos economistas e superior aos 2,1 por cento do crescimento registado em
2022, ano em que sofreu uma recessão técnica.
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