Boa parte da zona do Benfica, da 5ª Avenida do município do Cazenga, da Vila do Gamek, do Palanca, São Paulo, rua Ngola Kiluanje, Cónego Manuel das Neves, Rei Mandume e Gajajeiras, apresentam, nos últimos sete dias, uma nova imagem quanto à venda ambulante nos espaço públicos da cidade capital.
A equipa de reportagem do Jornal de Angola falou, terça-feira, com vários munícipes, automobilistas e pedestres, que dão nota positiva ao trabalho levado a cabo pelo Governo da Província de Luanda (GPL), de acabar com o comércio desordenado na via pública, atribuindo lugares aos vendedores nos demais mercados existentes nessa cidade.
Automobilistas
Alberto Caiala, automobilista, que fazia o percurso Benfica-Multiperfil, disse que é um ganho para todos, em especial para quem conduz, a organização do comércio informal feita pelo GPL. "Agora a mobilidade e principalmente o estacionamento nas paragens melhorou bastante. Antes, os vendedores criavam vários constrangimentos, quando vendiam muito próximo da faixa de rodagem”.
O trabalho em curso, realçou, deve continuar a incluir também a sensibilização, uma vez que se trata de uma situação que virou hábito e praticamente a venda na rua, era visto como normal.
Às zungueiras, o automobilista apelou a compreensão, pois trata-se de um trabalho de organização para a melhoria da imagem da cidade. "É preciso que os vendedores compreendam que é um trabalho de organização”.
Francisco Manuel, taxista, que fazia a rota Benfica-Rocha Pinto, disse que o trabalho do GPL é positivo e alerta para todos abraçarem a causa, inclusive os comerciantes, uma vez que a ven-da na rua acaba sendo um perigo para as próprias. "Muitas correm o risco de serem atropeladas, caso uma viatura perca os travões ou apresente uma avaria que impossibilita controlar o veículo. Já vimos casos semelhantes”, alertou.
Como exemplo, lembrou um acidente ocorrido no desvio do Zango, no ano passado, quando um Toyota Hyace despistou e atropelou as vendedoras que estavam próximo da estrada. "Na Vila de Viana, no mesmo ano, uma zungueira foi atropelada ao fugir de um fiscal. Por isso, devemos todos ajudar o Governo a organizar a cidade e as senhoras que vendem nas ruas devem abraçar o trabalho do mesmo. É para o bem de todos”, disse.
Cenário melhorado no bairro São Paulo
Consideradas no início, pela porta-voz do Reordenamento do Comércio, Nádia Neto, como os pontos mais críticos da venda ambulante, as ruas Ngola Kiluanje, Rei Mandume, Cónego Manuel das Neves e Gajajeiras, apresentam, hoje, um cenário bem diferente, como constatou o Jornal de Angola, o quadro está invertido.
A circulação nesses pontos melhorou e a zona ganhou uma melhor imagem, com a mobilidade facilitada dos pedestres, que andam sem correrem o risco de pisar um produto ou qualquer objecto pertencente a um comerciante.
Gefferson Salvador, de 57 anos, morador há mais de 30 anos da zona, dá votos positivos ao actual governador de Luanda, Manuel Homem, pelo trabalho que tem empreendido para prestar atenção na melhoria do "rosto” da cidade capital.
"Antigamente o São Paulo era um lugar invulgar na ci-dade de Luanda. Desde que o espaço virou mercado havia muita desorganização. Agora, o Governo veio devolver aquilo que era na verdade o São Paulo de Luanda”, relembrou.
Apesar de um número reduzido de pessoas ainda insistirem em desacatar os apelos das entidades, Rosa Feliciano, de 63 anos, também moradora da zona, entende que vai levar tempo até todas compreenderem o verdadeiro objectivo do Executivo.
"Aos poucos, com determinação, sensibilização constante, actos de pedagogia, o Governo vai conseguir colocar todas as senhoras nos mercados e acabar com a venda desordenada, um problema que se arrastou por longos anos”, disse.
Redução do lixo na 5ª Avenida do Cazenga
Para Wilson Diogo, moto-taxistas, no município do Cazenga, a retirada dos vendedores ambulantes da rua para o mercado do Asa Branca, está a ajudar a reduzir os focos de lixo na rua, assim como os transtornos a que os transeuntes eram sujeitos por essas venderem os negócios na via pública. "Agora as ruas estão mais largas. Antes, os vendedores estreitavam as ruas com os seus negócios e sujavam muito. O Governo está a fazer um bom trabalho”.
Para o taxista Domingos Tchihayo, as autoridades fiscais devem ser mais rígidas com quem insistir em continuar a fazer o comércio na rua. "Os fiscais devem criar mecanismos de disciplina no sentido de forma a desincentivar os infractores. É preciso medidas mais pesadas, inclusive multo altas”, aconselhou, além de acrescentar que a sensibilização deve ser constante.
Dificuldades permanecem na Vila de Viana
Na Vila de Viana, a situação é bem mais complexa, apesar do trabalho que o GPL tem feito junto da Administração daquele município, algumas vendedoras continuam a fazer resistência, permanecendo na calçada e criando "dor-de-cabeça” às autoridades policiais.
Do Comando Municipal da Polícia até ao Supermercado AngoMart, ainda se nota, constantemente, os comerciantes a correrem de um lado para outro com o negócio na mão, mesmo sob a pressão da Polícia, sem estarem preocupadas com o risco de atravessarem a estrada naquelas condições.
O lixo que se produz, os casos flagrantes de necessidades fisiológicas feitas a céu aberto por alguns, são, dentre outros, factores que não dignificam a imagem do centro administrativo do município satélite de Luanda.
O Reordenamento do Comércio é um projecto do Governo da Província de Luanda que visa garantir uma imagem limpa e hospitaleira à cidade capital para o bem de todos.
De acordo com a porta-voz do Reordenamento do Comércio, Nádia Neto, existem, nos 9 municípios da província de Luanda, perto de 200 mercados e mais de 57 mil bancadas.
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