Os Estados Unidos da América lançaram, no quadro do reforço do pacote de ajuda financeira a Taiwan, Israel e Ucrânia, aprovado há dois dias pelo Senado, uma campanha para aumentar a pressão sobre Pequim em vários pontos, incluindo no apoio à Rússia, sem perder de vista a estabilidade nas relações bilaterais.
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera necessária uma investigação às valas comuns encontradas, nos últimos dias, sob os escombros de dois hospitais, na Faixa de Gaza, Al-Shifa e Nasser, frisou, ontem, Stéphane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral, António Guterres.
O ministro irlandês do Comércio e do Emprego defendeu, sábado, que a aprovação do novo acordo para eliminar problemas relativos ao 'Brexit' é um objectivo fundamental, numa altura em que a Europa vive uma guerra.
"Temos a hipótese de fechar um capítulo que colocou a política da Irlanda, da Irlanda do Norte, da Grã-Bretanha e de toda a União Europeia em espera durante muito tempo” e esse objectivo é ainda mais importante numa altura que "há uma guerra na Europa”, afirmou Neale Richmond, em entrevista à Lusa.
Presente em Portugal para participar na conferência anual de sustentabilidade da Associação Ireland Portugal Business Network, o ministro falou sobre a importância da aprovação do recente acordo de Windsor, negociado entre o Governo britânico e a União Europeia (UE).
O acordo "quadro de Windsor”[Windsor Framework] visa resolver um dos maiores impasses resultantes da saída britânica do bloco europeu ('Brexit'), alterando o protocolo da Irlanda do Norte para pôr fim a divergências sobre o estatuto comercial desta região que faz parte do Reino Unido, mas tem um acordo de não-fronteira com a República da Irlanda, país que se mantém na UE.
O facto de a Europa estar a viver "uma crise energética e uma crise de aumento do custo de vida” leva Neale Richmond a sublinhar "a importância de existir uma relação estreita” entre a União Europeia e o Reino Unido.
"Poderemos avançar para o desenvolvimento dessa relação muito mais estreita quando encerrarmos este capítulo”, alertou, acrescentando acreditar que o acordo de Windsor "será, de certeza absoluta, aprovado”.
A ratificação do novo tratado depende sobretudo da aprovação do Partido Democrata Unionista (DUP) que, no entanto, ainda receia que a Irlanda do Norte possa continuar a ficar demasiada sujeita a regras e leis europeias.
O ministro irlandês do Comércio acredita, no entanto, que o acordo será adoptado "nas próximas semanas” e admitiu à Lusa estar "muito feliz” por se ter conseguido chegar a "um bom acordo para o Reino Unido, para a UE e particularmente para a Irlanda”.
Por um lado, "garante que não há 'endurecimento' da fronteira na ilha da Irlanda”, o que significa que é mantida "a paz alcançada no Acordo de Sexta-Feira Santa”, cujo 25º aniversário será comemorado no próximo dia 10 de Abril.
Este acordo, cujo nome oficial é Acordo de Belfast, foi assinado em 1998 pelos governos britânico e irlandês, com o objectivo de acabar com os conflitos entre nacionalistas e unionistas sobre a questão da união da Irlanda do Norte com a República da Irlanda.
O DUP deve aceitar esta decisão e "permitir que as instituições do Executivo norte-irlandês voltem a funcionar para que o povo da Irlanda do Norte, e todas as pessoas, possam realmente voltar a viver as suas vidas”, defendeu Neale Richmond.
É preciso "aproveitar o potencial económico e os progressos que este quadro poderá apresentar à indústria e à sociedade em toda a Irlanda do Norte”, acrescentou.
Fazer coincidir a aprovação 'Windsor Framework' com o aniversário do Acordo de Sexta-feira Santa seria, na opinião do ministro irlandês, "muito especial”.
Embora defenda o acordo como um passo decisivo, o governante admite que o 'Brexit' está longe de estar concluído, apesar de o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia já ter sido assinado há três anos.
"O 'Brexit' não acabou. O 'Brexit' vai estar connosco pelas gerações vindouras de muitas maneiras”, afirmou.
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