Cultura

Rei Tchongolola Tchongonga elogia organização do festival

Elisabete Ferraz

Jornalista

O rei do Bailundo, Tchongolola Tchongonga, Ekuikui VI, convidado de honra da terceira edição do Festival Balumuka-Baluarte da Música Ancestral, enalteceu a organização do evento, que terminou na noite de domingo, no Palácio de Ferro, em Luanda, cuja edição foi dedicada à cultura do Planalto Central.

22/05/2024  Última atualização 14H40
Ceicy Tchavala foi uma das cantoras que actuaram no último dia do festival que distinguiu vários artistas da província do Huambo © Fotografia por: Arsénio Bravo | edições novembro

Em declarações ao Jornal de Angola, o soberano reconheceu que foi de extrema importância tudo o que aconteceu no Festival Balumuka, por representar a cultura e a ancestralidade.

O soberano referiu, também, que o Balumuka foi o momento de exaltação à soberania e reconhecimento do papel das autoridades tradicionais na valorização dos valores morais, cívicos, éticos e culturais nas comunidades.

Tchongolola Tchongonga, Ekuikui VI, defendeu que todos os angolanos têm a obrigação de divulgar, resgatar, valorizar e cuidar da cultura angolana.

"Eu aprendi muito com outras culturas aqui no Festival e percebi que não existe uma cultura melhor que a outra, todas são boas, elas se diversificam e isso une o país. Tive a oportunidade de conhecer vários cantores e grupos que participaram no Festival e com eles aprendi muito sobre o que pensam sobre os nossos hábitos e costumes”, disse.

O soberano acredita na importância do festival e na informação que os jovens podem obter ao conhecerem as identidades culturais com os mais velhos.  O rei do Bailundo fez um balanço positivo desta edição do festival, que valoriza as línguas, a música, o vestuário, a gastronomia angolana e outras manifestações culturais. Durante a estadia em Luanda, o soberano do Bailundo teve uma agenda preenchida, com visitas aos Museus Nacional de Antropologia e de História Militar, além de ministrar aulas magnas sobre  a Justiça e o Poder Tradicional na Universidade Católica e no Palácio de Ferro.

Momentos altos do festival

No último dia do festival, o destaque foi a homenagem  musical aos artistas Justino Handanga, General Viñî Viñî e Chissica Artz. A cantora Odeth Cassilva e o Duo Canhoto interpretaram canções de Chissica Artz, com realce para "Ndikuatela”.

Já a cantora Edna Mateia "incorporou” o cantor Justino Handanga, ao interpretar as músicas "Carlitos”, "Abílio” e "Paulina”, com o suporte instrumental da Banda Geração Nova, do Huambo, que também reviveu temas de Viñi Viñi.

Manuel Meta  "Avô Kabay”, responsável do grupo Dilangues de Ambaca, participou pela terceira vez no festival e apresentou as danças cassanda, selela, kadikuengue e mutobongue. O músico manifestou gratidão à organização pelo convite, tendo realçado que esta edição ultrapassou todas as expectativas, como uma organização de se lhe tirar o chapéu, cinco estrelas.

O responsável do grupo Kamba dya Muenhu, Lutuima Manuel, que também esteve pela terceira vez, referiu que o festival é o único que congrega todos os músicos angolanos e considerou que este tem sido um casamento perfeito das várias modalidades da cultura angolana. Durante a sua participação, o grupo fez uma rapsódia de várias músicas latino-americanas, europeias, asiáticas, africanas e angolanas.

Antes dos concertos de encerramento, no período da manhã, realizou-se uma visita à Feira de Artes, onde os expositores tinham à venda livros, peças de artesanato, acessórios em missanga e croché, assistiu-se a uma sessão de cinema.

Socorro, Ceicy Tchavala, Tua Moneca, Família Xiclé, Duo Canhoto, Kumbi Li Xia, Tunjila Tua Jokota e o grupo Katyavala estiveram em palco ao longo dos cinco dias da terceira edição do Festival Balumuka.

 

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