Os traços histórico-culturais de Angola desde as ancestralidades civilizacionais, às lutas pela conquista da independência, à paz e aos elementos caracterizadores dos novos tempos de desenvolvimento do país vão ganhar, doravante, maior impulso e representatividade no Museu das Civilizações Negras, em Dakar, Senegal.
Jerónimo Haleinge, Rei de Oukwanyama, visitou, sexta-feira, os túmulos dos soberanos kaleinasho ya Ndeiweda, Ndapona ya Shikende, Ndayukifa ya Mukuiyu e Ndalengalala ya Shimutuikeni, situados na localidade de Osihambo, comuna de Ondjiva, capital do Cunene.
A visita foi abrangente aos túmulos dos soberanos Namadi ya Mwelihanyeka e Kapa ya Shikende, na povoação de Omutaku. No término da visita, Jerónimo Haleinge apelou à população das duas localidades no sentido de valorizar os monumentos e sítios históricos, bem como a preservação da língua nacional Oshiwambo, evitar abuso excessivo de bebidas alcoólicas e outras práticas que promovem a desunião e a discórdia familiar e social, entre outros males.
Antes das visitas, Jerónimo Haleing teve um encontro com o administrador da comuna de Ondjiva, Ilidio Jhannes Sipuiso, e de seguida visitou a estátua do Rei Mandume ya Ndemufayo, erguida no ano passado na praça de Ondjiva, para eternizar a grandeza e o sacrifício do soberano dos povos cuanhamas, em defesa da ocupação colonial.
A estátua de Mandume é a maior atracção monumental da cidade, atraindo turistas nacionais e estrangeiros que visitam a região. O local tornou-se no principal cartão de visita da cidade de Ondjiva, onde, diariamente, centenas de pessoas visitam o espaço no período da tarde, principalmente, nos finais de semanas aproveitando para uma recordação fotográfica de casamentos e foto de perfis para redes sociais com a vista desse local emblemático.
Dados históricos referem que a estrutura está erguida no local onde funcionava o reinado, antes da ocupação colonial, e visa homenagear os feitos do soberano dos Cuanhamas na luta contra a ocupação colonial.
Mandume reinou entre 1911 e 1917, actualmente, o espaço serve como fonte de pesquisa sobre os seus feitos. Está aberto ao público a qualquer hora do dia para permitir que turistas possam manter contactos directo com a imagem (estátua) do soberano.
Inaugurada a 20 de Julho de 2022, a estátua do rei Mandume ya Ndemufayo é considerada a mais alta elevação para eternização aquele que foi o último soberano mais temido da região, na luta contra a ocupação colonial a Sul do país.
A praça central de Ondjiva, local onde foi construído o edifício do Governo provincial, conserva uma arquitectura moderna e dispõe de condições para passeio em família e realização de actividades culturais.
A versatilidade do espaço permite, também, que o mesmo sirva para promoção cultural, vendas de obras discográficas, literárias, peças de artesanato, quadros e artigos similares.
Ao arredor da estátua contém um jardim e uma aquário que se tornaram o ponto de atracção para muitos cidadãos, que aproveitam o espaço verdejante para leitura e diversão.
Na óptica de alguns habitantes, a praça de Ondjiva é um ponto ideal para comercializar produtos que garantem o sustento das famílias, é o caso dos fotógrafos que encontram dezenas de clientes.
Memorial
do Rei Mandume
Para enaltecer a figura do rei, o Executivo construiu em 2000 um complexo turístico, em sua memória, na localidade do Oihole, dista 45 quilómetros à sul da cidade de Ondjiva. O local reveste-se de um grande significado que se traduz pelo respeito e valor da cultura da região, em particular.O Complexo Memorial do Rei Mandume foi inaugurado em 2002, pelo então Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, na presença do ex-Presidente da Namíbia, Sam Nujoma.
Restauração do reino Okwanyama
O reino de Okwanyama foi restaurado a 2 de Fevereiro de 2019, 103 anos depois da morte em combate - 6 de Fevereiro de 1917 - do 16º Rei dos Cuanhamas, Mandume ya Ndemufayo, em Oihole, município de Namacunde.
Jerónimo Haleinge é o 17º Rei dos Cuanhamas, intronizado a 2 de Fevereiro de 2019, tem residência oficial em Ombala Oipembe.
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