Angola regista cerca de cinco mil tentativas de ataques cibernéticos por dia, segundo dados do Departamento do Serviço de Tecnologia de Investigação (SETIC), afecto ao Ministério das Finanças, divulgados ontem, em Luanda, durante o 1º Fórum CEO Angola.
O especialista sénior Sandro Aveleira, que representou o Ministério das Finanças no encontro, referiu que o número de ataques cibernéticos no país varia entre 200 e cinco mil, tendo, na sua maioria, origem externa, o que, mesmo assim, faz de Angola um dos países de África que mais regista ataques cibernéticos.
Indicou que o ataque cibernético mais frequente no país é o "phishing", que consiste em tentativas de fraude para obter ilegalmente informações, como número de identidade, senhas bancárias, entre outros dados.
"Existem ataques a ser executados, mas não são bem sucedidos porque temos um firewall (dispositivo de segurança que monitora o tráfego de rede ) que nos tem protegido dos ataques", disse.
De lembrar que o SETIC tem estado a sensibilizar vários bancos do país em matéria de segurança, sobretudo das aplicações, e a alertá-los sobre tentativas de ataque cibernético.
Academia de Cibersegurança
O Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS) vai instalar, nos próximos tempos, uma Academia de Cibersegurança, que terá a missão de combater os ataques cibernéticos no país.
O director nacional da Política dos Cibersegurança e Serviços Digitais do MINTTICS, Hecdiadro Nena, avançou esta informação no encerramento 1º Fórum CEO Angola, promovido pela "Líder Magazine", contando com a participação de investidores, decisores políticos e jornalistas.
De acordo com Hecdiadro Nena, com o objectivo de combater os ataques cibernéticos, está em curso a actualização da Lei de Cibersegurança, que vai contribuir para mitigar o fenómeno do cibercrime.
A I edição do Angola CEO Fórum, que contou com especialistas nacionais e estrangeiros de várias empresas de telecomunicações e tecnologias de informação, abordou temas relacionados com o "Mobile Money como caminho para a promoção da inclusão financeira", "Inovação tecnológica nos serviços de pagamento electrónico em África" e "Cibersegurança em Angola, desafios, oportunidades e estratégias para um ambiente digital seguro".
Joaquim Suami e Nádia DembeneSeja o primeiro a comentar esta notícia!
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