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O economista-chefe do Banco de Fomento Angola (BFA), José Miguel Cerdeira, disse que há “sinais claros” de diversificação económica em Angola, mas salientou que é preciso fazer mais e apontou a reforma cambial como a mais importante neste processo.
"Há sinais de que o processo de diversificação começou, há provas que indicam isso, porém não é suficiente. Há coisas que falta fazer, há custos de contexto de que é preciso falar, a questão das comunicações, as estradas, energia, águas, em alguns desses aspectos, na energia, principalmente, paulatinamente está a melhorar, mas noutros sectores ainda falta fazer muito”, disse em entrevista à Lusa.
A diversificação da economia, tornando-a menos dependente da produção e exportação de petróleo, tem sido falada em Angola há vários anos, mas só nos últimos tem conhecido um impulso, que começa a ser visível nos indicadores económicos, que dão conta de um peso cada vez maior da economia não-petrolífera no total da criação de riqueza nacional. José Miguel Cerdeira, lembra que "a economia petrolífera caiu 35% nos últimos oito anos, mas é um facto que a economia como um todo depende um pouco menos do petróleo agora do que há oito anos, ainda que continue a depender muito desta matéria-prima”.
A economia petrolífera pesa agora um pouco mais que 25% no total da actividade económica, de acordo com os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística, diz o analista, lembrando que "pesava cerca de 38% em 2015”.
Assim, a economia não petrolífera, desde 2015, "ao invés da quebra de 35%, cresceu 12%, o que é manifestamente pouco para 12 anos, mas inclui os cinco anos de recessão e da pandemia”.
Para além da quebra automática do peso da economia petrolífera pela redução da produção, aponta, o factor decisivo foi a reforma cambial introduzida em 2017: "esta é a principal reforma; há 5 anos, com o dólar a valer 100 ou 160 kwanzas era impraticável, impossível pensar em produzir o que quer que fosse em Angola, porque muito poucas vezes iria compensar o esforço face ao preço barato das importações”.
Competitividade
Manter o câmbio artificialmente alto "é muito bom para o poder de compra das famílias angolanas, mas condiciona completamente o futuro da produção nacional angolana, era um câmbio que ao nível a que estava tornava praticamente impossível a ponderação de qualquer produção nacional que pudesse competir com a produção estrangeira, e por isso foi a reforma mais importante na diversificação”, diz o economista-chefe do BFA.
Apesar de o consumo nacional ter um pouco mais de produtos nacionais com alguma substituição de importações, 99% das receitas de exportação vêm ainda de petróleo ou diamantes. A previsão do Gabinete de Estudos Económicos do BFA é que "o PIB petrolífero caia a uma média entre os 2 e 4% ao ano até 2027”, caindo acima de 4% este ano e menos do que 2% em 2024.
"Para o PIB não petrolífero, o cenário que consideramos agora é de um crescimento de 5 a 7%, em média, e para a economia como um todo, o cenário resultaria num crescimento médio entre 3 e 5% até 2027”, conclui o economista.
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