Economia

Recredit recupera mais de sete mil milhões de kwanzas

A Recredit recuperou 7,8 mil milhões de kwanzas do malparado do Banco de Poupança e Crédito (BPC) nos últimos 12 meses, esperando resgatar dos devedores 19 mil milhões de kwanzas em 2021, de acordo com os números revelados, ontem, em Luanda, pelo presidente do Conselho de Administração da companhia.

06/05/2021  Última atualização 11H55
© Fotografia por: Contreiras Pipas | Ediçoes novembro
Walter Barros proferiu estas declarações no fim da 1ª Reunião do Comité de Estratégia de Monitoramento (CEM) da Recredit, considerando que o valor recuperado está aquém dos objectivos colocados, devido às incertezas económicas no ano passado geradas pela pandemia da Covid-19."Consideramos que este valor de 7,8 mil milhões de kwanzas fica a quem dos objectivos colocados à Recredit, mas sabemos que 2020 foi desafiante, com muitas incertezas económicas decorrentes da pandemia que o país e o mundo sofrem”, afirmou.  

O presidente do Conselho de Administração acrescentou que os números do processo do ano transacto devem ser vistos à luz da missão da Recredit, visando a aquisição e recuperação do crédito malparado do BPC, pelo justo valor de mercado, num período de 10 anos. O valor foi recuperado no quadro de uma estratégia de negociação estabelecida com devedores do BPC, em alternativa à qual (caso não haja acordo), a Recredit remete processos para a área de Contencioso, onde são desencadeadas acções judiciais. Walter Barros adiantou que, apesar da conjuntura adversa, a Recredit mantém a meta de recuperar 19 mil milhões de kwanzas do malparado este ano.

"Achamos que é um valor ambicioso, tendo em conta a situação económica que o país atravessa, mas, também, é uma forma de colocarmos alguma pressão sobre as equipas de recuperação, porque o objectivo é reavermos o máximo do valor perdido ou emprestado pelo  BPC e devolver o máximo do dinheiro ao Tesouro Nacional”, afirmou o líder da Recredit para explicar os diferentes momentos da estratégia estabelecida para a recuperação.O responsável descartou a possibilidade de a Recredit alargar a recuperação aos bancos de Comércio e Indústria (BCI) e de Desenvolvimento de Angola, dada a particularidade de a operação ter sido montada de forma exclusiva para o BPC. Na operação relacionada com o BPC, a Recredit tem a missão de adquirir e recuperar o crédito malparado pelo justo valor de mercado, o que representa o saneamento de mais de 80 por cento do total da carteira de crédito em incumprimento do maior banco público, no valor de 1 182,7 mil milhões de kwanzas. Planos aprovados  
Na reunião de ontem, foi aprovado o Regulamento do Comité de Estratégia e Monitorização, bem como os limites por que se regerá a Recredit na negociação com os devedores.  A reunião, dirigida pela ministra das Finanças, Vera Daves, analisou, ainda , os planos Estratégico e de Negócios da Recredit, bem como, alguns processos de crédito que, na actividade da instituição financeira, já foram negociados com os clientes, necessitando apenas de homologação.

Integrado no modelo de governação definido para a Recredit, o Comité de Estratégia e Monitoramento é um órgão de supervisão e monitorização dos objectivos estratégicos da Recredit, que define as directrizes da política de reestruturação dos créditos. Além da ministra das Finanças, o Comité integra os Conselho de Administração da Recredit e a presidente do Conselho de Administração da Comissão de Mercado de Capitais (CMC), Maria Baptista.

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