Angola participa, de 29 a 31 deste mês, na 24.ª Sessão do Comité Intergovernamental para a Promoção do Retorno dos Bens Culturais aos seus países de origem e ou a Restituição em caso de Apropriação Ilícita.
A União dos Escritores Angolanos (UEA) procede, hoje, às 17h00, na sua sede, em Luanda, ao lançamento da obra “Reencontro de Vozes - Na Pele do Tambor”, uma colectânea de poesia que reúne textos de 30 membros desta agremiação literária.
O rastafarianismo surge na década de 1930 como um movimento religioso multifacetado. A sua origem é creditada ao activista jamaicano Marcus Garvey, que uniu o conhecimento adquirido nas suas viagens pela América do Sul e Central com o seu apreço pela história da África.
Em 1914, Garvey fundou a Universal Negro Improvement Association (UNIA) e a Liga das Comunidades Africanas na Jamaica. As suas ideias visavam estabelecer instituições de ensino para negros nas quais se ensinasse a cultura africana. O propósito era fortalecer os países africanos, livrando-os do domínio colonial e transformando-os em potências, com pessoas cada vez menos vulneráveis.
Dez anos depois, em 1924, um príncipe chamado Ras Tafari Makonnen foi coroado como o 225º Imperador da Etiópia, alegando ser descendente directo do Rei David bíblico. Por conta da influência das ideias de Garvey, muitas pessoas começaram a crer que o imperador vinha para acabar com a dominação europeia e acabar com o sofrimento africano.
Mais tarde, o imperador adoptaria o nome de Haile Selassié I (que significa "poder da santíssima trindade”, além do título de "Sua Majestade Imperial, Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, o Leão Conquistador da Tribo de Judá, Eleito de Deus”) e passaria a ser venerado como um deus vivo, encarnando a esperança na redenção africana. Os adoradores de Selassi é ficaram conhecidos como "rastafaris” ou "rastafarians”, que, mais tarde, evoluíram para "rastamen” e "rastas”.
A
difusão movimento
Ou seja, o rastafarianismo foi se estabelecendo por raízes complexas que misturavam religião, filosofia e política. Com o tempo, foi incorporando cada vez mais os desafios que acompanhavam a realidade dos jamaicanos. Conseguia, assim, adesão entre os mais pobres, justamente os que necessitavam da esperança em dias melhores.
Aos poucos, o rastafarianismo foi evoluindo para uma filosofia mais abrangente que envolvia ideias e princípios. A adesão dos intelectuais, a rejeição da "visão de mundo Rastafári” pelas autoridades coloniais e a invasão da Etiópia em 1934 pela Itália fizeram com que o movimento fosse encontrando cada vez mais simpatizantes. Os adeptos questionavam as normas religiosas eurocêntricas impostas pelos colonizadores e se interessavam de forma crescente pela sua herança cultural negra.
Com o apoio de líderes intelectuais, como Leonard Howell, os conceitos do rastafarianismo se tornavam mais tangíveis e compartilháveis, aumentando a quantidade de discussões e debates sobre as escrituras, tornando a religião – que possui uma cosmo visão judaico-cristã profundamente afrocêntrica e anticolonial – cada vez mais difundida.
A fama de Bob Marley ajudou nessa popularização, pois as suas músicas faziam essa visão circular pelo mundo todo. Basta prestar atenção na letra de músicas como "Redemption Song” ou "ThemBelly Fullbutwe Hungry”. Tudo isso tem feito com que a filosofia Rastafari - que defende a espiritualidade, a identidade e a justiça social - continue viva na era actual, e sempre encontrando devotos que se apoiam nesses valores.
*In portal megacurioso
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