O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, atribuiu, ontem, a elevada desigualdade e pobreza na África do Sul ao anterior regime de 'Apartheid' e ao colonialismo, ao assinalar o Dia dos Direitos Humanos no país.
"Muitas pessoas do nosso povo na África do Sul foram retiradas da pobreza a que foram submetidas e relegadas como resultado do sistema de 'Apartheid' e do colonialismo que deliberadamente os desapropriaram, e que levaram os seus bens que teriam sido passados a várias gerações e famílias", declarou.
O Chefe de Estado sul-africano salientou que após a queda deste regime "milhões de sul-africanos foram retirados da pobreza extrema", afirmando que "oito em cada 10 famílias têm habitação adequada, nove em cada dez casas têm electricidade e acesso à água potável", apontou. Ramaphosa, que é também presidente do partido Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), antigo movimento nacionalista de Nelson Mandela, no poder desde 1994, assinalava o Dia dos Direitos Humanos, feriado nacional no país, no município de Sharpeville, na província de Gauteng, onde se situa Joanesburgo.
O Dia dos Direitos Humanos na África do Sul está historicamente ligado à data de 21 de Março de 1960, em que 69 pessoas morreram e 180 ficaram feridas em confrontos contra a polícia durante um protesto popular contra as leis do Passe no bairro negro de Sharpeville, situado a cerca de 75 quilómetros a Sul da capital mineira de Joanesburgo. "Três quartos dos agregados familiares chefiados por mulheres vivem na pobreza", indicou Ramaphosa ao falar sobre os progressos alcançados, nas últimas três décadas, após a queda do anterior regime segregacionista em 1994.
A pobreza na África do Sul afecta mais de metade (55,5%) da população de 62 milhões de habitantes, segundo dados do Banco Mundial, divulgados em Abril de 2020. No discurso, o Chefe de Estado sul-africano considerou que a economia mais desenvolvida no continente "triplicou” desde 1994, sublinhando que "embora o desemprego continue a ser inaceitavelmente elevado [42%, segundo dados oficiais], o número de sul-africanos empregados mais do que duplicou nos últimos 30 anos”.
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