Economia

Queda nas receitas

António Eugénio

Jornalista

O presidente do Conselho da Administração da TAAG, Rui Carreira, anunciou ontem, em Luanda, que a companhia de bandeira realizou em 2019, 13 mil voos, contra os 3 mil 900 do ano passado, o que resultou numa queda de receitas na ordem de 75 por cento, dada às restrições de voos.

25/02/2021  Última atualização 14H24
Presidente do Conselho da Administração da TAAG, Rui Carreira © Fotografia por: DR
Rui Carreira que falava durante um debate televisivo na TV Zimbo sobre " Os grandes projectos estruturantes da Aviação em Angola”, alertou que este ano a TAAG corre o mesmo risco, devido às limitações operacionais da companhia. Considerou que, desde à sua existência,  " a TAAG nunca registou prejuízos iguais”.

O gestor afirmou que, apesar de existir um programa da privatização da TAAG, mas para a sua rentabilização considera que o principal objectivo passa pela injecção de capital "fresco” na empresa, numa altura em que o principal accionista, o Estado, não tem capacidade para o fazer.

O PCA realçou que, ao longo dos últimos anos, a TAAG acumulou uma dívida calculada em 900 milhões de dólares e que o Estado assumiu esta dívida, por via da compensação com empresas devedoras e credores.
Esclareceu que o Estado assumiu esta dívida e transformou-a em capital que, com a disponibilidade dos 700 milhões de dólares, houve uma anulação da dívida neste valor.

Naquela altura, a TAAG tinha um capital próprio de 173 milhões de dólares negativos, passou a ter 680 milhões positivos de capital próprio.  "Existiu esta movimentação e estamos com um défice de liquidez muito grande para manter a nossa operação e para fazer face a desafios imediatos”.
Por isso, uma outra estratégia, para rentabilizar a companhia angolana, passa pela adequação e redimensionamento da empresa, com destaque para a redução de mão- de- obra ociosa. De igual modo, cumprir com as normas internacionais que defendem que, para uma aeronave, devem estar asseguradas por 96 trabalhadores contra os 243 que a TAAG aplica.

Diz que a TAAG tem de se redimensionar e ter quadros de acordo com a sua estrutura. "Temos mão-de-obra ociosa, é preciso requalificar e integrá-la nos outros ramos do país. Tem de se pegar nestes trabalhadores excedentários e qualificá-los para outras áreas da economia e arranjar soluções para que eles consigam uma actividade”.

Sublinhou que a TAAG vai ter que dispensar pessoal e colocá-lo em outras áreas. Rui Carreira realçou que 50 por cento das receitas da companhia servem para suportar os gastos com combustíveis, pessoal, taxa de navegação e aeroportuária.
"Resultado: as pessoas fizeram as reservas, pagaram os bilhetes, fizeram o teste da Covid-19, organizaram as suas vidas em função da viagem, e no dia seguinte são informadas que o voo está suspenso! !

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