Opinião

Projecto de electrificação das zonas rurais

O desenvolvimento é, também, medido em termos de consumo médio de energia eléctrica, uma realidade ainda aquém do esperado nas zonas urbanas e, sobremaneira, no meio rural, onde a procura pode conhecer níveis altos, atendendo ao potencial para a agro-indústria e industrialização em geral.

17/11/2023  Última atualização 06H10
Uma das formas de afugentar o espectro da pobreza, fome e desemprego no meio rural, além de evitar a "desertificação humana”, passa, também, pela disponibilização local das condições de vida consentânea com a vida moderna. E, tudo começa ou passa pela presença da energia eléctrica, um bem incontornável nos moldes em que se vive em qualquer sociedade, em que de tudo um pouco depende daquela importante variável.

De todas as formas, há um grande esforço da parte das instituições do Estado no sentido de levar a energia hidro-eléctrica, eólica, solar e térmica para, em jeito de complementaridade e atendendo à realidade de cada região, proporcionar o bem às colectividades locais. 

O desafio de electrificação de extensas zonas do país, uma tarefa hercúlea atendendo à dimensão do território nacional, foi abraçado pelo Ministério da Energia e Águas, com prioridade para as energias renováveis.

Há dias, o Executivo lançou a primeira pedra do projecto para a construção do parque local fotovoltaico, na Lunda-Norte, em que foram signatários os presidentes dos Conselhos de Administração da Empresa Pública de Produção de Electricidade (Prodel) e do Consórcio MCA, Couto Alves.

Estima-se que, dentro de três anos, cerca de um milhão de pessoas nas províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Moxico, Malanje e Bié beneficiem de energia solar, no quadro do Projecto de Electrificação Rural de 60 comunas, com uma capacidade total de 265 Megawatts (MW). Trata-se de uma iniciativa vital para aquele meio, com o potencial de mudar as vidas das comunidades a todos os títulos, na medida em que, modernamente, a vida começa, passa e renova-se com o consumo de energia eléctrica.

Acreditamos que o projecto de Electrificação Rural, que vai começar por abranger um milhão de pessoas, é apenas o início de um conjunto de iniciativas que visa levar a energia eléctrica a milhares de famílias, como pressuposto para dar aos agregados familiares ferramentas para resolverem os seus problemas. Essa crença baseia-se nas palavras do ministro João Baptista Borges que, referindo-se ao Executivo, disse: "a nossa ambição é ter uma produção de energia eléctrica assente, cada vez mais, em energias renováveis e a expandi-la para áreas remotas do país, distantes do litoral, onde esta é escassa, contribuindo, deste modo, para a transição energética e um futuro mais sustentável”.

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