Por essa razão, frisou, desenvolveu a Websérie "Um de Nós”, projecto que já começou há algum tempo e passou a ganhar expressão no início do ano em curso. "Senti que precisava desenvolver um projecto desta dimensão e, felizmente, as coisas têm corrido muito bem”, realçou.

Numa primeira fase, disse, o programa tem sido desenvolvido nas redes sociais. A estreia foi feita a partir do Instagram@jaimejoaquim07, onde tem feito publicações colaborativas com os restantes membros da equipa e os actores convidados. O resultado final, explicou, é partilhado nas redes sociais do Facebook, WhatsApp e You Tube.

As filmagens, argumentou, são feitas em vários pontos da cidade e visam abordar temáticas sociais, como a exploração de menores, as relações conjugais, o desemprego, áreas de oportunidades de negócios no sector cultural, questões doe género e o empoderamento. "A intenção é sempre trazer à reflexão assuntos que estão mais próximos do cidadão para que os mesmos se identifiquem com uma determinada causa”, disse.

Sobre as personagens, Jaime Joaquim ressaltou que normalmente os actores são identificados com os nomes próprios, por cada episódio. " Queremos que os actores sejam conhecidos com os próprios nomes, como uma marca para o mercado do audiovisual”, sublinhou.

Actualmente, disse, fazem parte do projecto as actrizes Marta Malungo, Lúcia José, Cláudia Gourgel e Eunice Patrícia, e os técnicos Zuri Queta e Juca Oliveira.

O primeiro grande personagem

Multifacectado, Jaime Joaquim falou da sua primeira grande personagem com a qual desempenhou o papel do detective Ramalho, na telenovela angolana denominada Windeck, que estreou em 2012, no canal 2 da Televisão Pública de Angola (TPA), com um leque recheado de actores angolanos de teatro e televisão.

Nesta "aventura” do teatro para a televisão, Gegé teve a oportunidade de gravar oito episódios, durante alguns meses, no período de 2011 e 2012. Com a sua boa exibição, foi convidado para fazer parte do filme de produção nacional "Jinga, a Rainha de Angola”, onde interpretou a personagem de Rengo Lambande. "Para mim, foi um dos maiores desafios por ser um papel de grande responsabilidade e que fala da história de uma das maiores heroínas do país”.

Outro personagem que não passa despercebido no seu percurso artístico, disse, foi de Óscar Ribas, na peça de teatro "Missosso”, com o Núcleo de Artes Pitabel, em 2008.

Depois de um interregno, volta a gravar em 2018 a novela "Muxima”, onde desempenhou o papel de vilão, na personagem Álvaro, na Banda TV, e no seguimento gravou em 2020 a novela "Saber Andar”, onde interpretou a personagem Marco António, que era a figura principal. "Foi o meu primeiro personagem principal em novela e a música do genérico é minha composição e a criação melódica do Eduardo Solane.”

Em 2021, recorda, foi convidado a participar da novela "O Rio”, que já está na segunda temporada.

Música, uma paixão antiga

A música sempre foi uma paixão antiga de Gegé, que tem conquistado o mercado com determinação e foco. A música e o teatro ganham destaque comparativamente a outras actividades artísticas não menos importantes como o cinema.

Nas vestes de cantor, gradualmente tem sabido ultrapassar os desafios dos projectos profissionais. Gegé destaca-se com o tema "Laura”, uma experiência que considera de altos e baixos. O tema foi produzido por Eduardo Solane e os arranjos de Eddy Pina e  Eliezer Lobato. "Apenas fiz a composição da música e acabamos por gravar em 2020”, explicou.

A experiência não ficou por aí, e, dois anos depois,  colocou no mercado musical o tema "Foco”, com a colaboração de Joaquim Domingos e de Inácio dos Santos. "É um tema motivacional, em que as pessoas, além de dançar, podem aprender mais alguma coisa sobre a superação, dedicação, foco  e resiliência”, disse a finalizar Jaime Joaquim.