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Projecto Bancada reduz infecções de VIH/Sida e tuberculose

Víctor Pedro|Sumbe

A implementação do projecto comunitário de prevenção contra o VIH e a tuberculose, denominado “ Bancada”, lançado em 2021, está a contribuir na redução das infecções no seio dos jovens e adolescentes na província, deu a conhecer ao Jornal de Angola no Sumbe, a delegada provincial do Cuanza-Sul da Cruz Vermelha de Angola (CVA), Helena Josefina.

19/01/2023  Última atualização 09H36
Sensibilização de milhares de jovens ajuda na promoção de acções de prevenção de doenças © Fotografia por: DR

Ao explicar sobre o funcionamento da instituição que dirige, a responsável disse que o projecto visa ajudar o programa de combate ao VIH-Sida e a Tuberculose, em reduzir os índices de contaminação no seio dos adolescentes e jovens das faixas etária entre os dez aos 24 anos de idade.

Outro objectivo do projecto Bancada, segundo Helena Josefina, é de munir as adolescentes e mulheres jovens, que estão fora do Sistema de Ensino, de conhecimentos, desde muito cedo, sobre a prevenção contra o VIH-SIDA, educação sexual, com realce para importância do uso de preservativos, fazer o planeamento familiar, evitar gravidez precoce e indesejada, bem como sobre os perigos do trabalho sexual.

 A delegada da Cruz Vermelha, adiantou que cerca de 14 mil adolescentes e mulheres jovens já beneficiaram do projecto "Bancada”, no primeiro e segundo anos da sua implementação, desde o seu lançamento em Junho de 2021, com a duração de três anos e com término previsto para finais do próximo ano de 2024.

 Na sua execução, segundo Helena Josefina, o projecto conta com o apoio da ONG Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo (ADPP Angola), e com financiamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Fundo Global, com quotas mensais avaliadas em dois milhões de Kwanzas.

 Quanto às actividades em curso para a prevenção do VIH-SIDA e tuberculose no seio das adolescentes e mulheres jovens, Helena Josefina, destacou a realização de palestras, encontros e workshops sobre as doenças transmissíveis sexualmente (DTS), através da avaliação de riscos, rastreios nas mães grávidas, aconselhamento e testagem.

 Treinamento de meninas líder de grupo, distribuição de preservativo, criação e implementação de grupos teatrais, iniciação ao tratamento anti-retrovirais e seguimento, realização de actividades desportivas, são, entre outras, acções que o projecto vai contemplar durante os próximos dois últimos anos da sua  implementação.

A responsável fez saber que, no seu todo, o projecto conta com 80 agentes comunitários de saúde, três supervisores e 30 activistas, sendo a responsabilidade de cada agente controlar um grupo composto por 75 ou mais.

 Quanto às localidades de implementação, Helena Josefina, lembrou que ao nível do Cuanza-Sul, o projecto de prevenção do VIH-Sida e Tuberculose está a ser implementado nos municípios do Sumbe, Porto-Amboim, Amboim, Seles, Quilenda e Conda.

Noutra vertente, Helena Josefina revelou que a Cruz Vermelha no Cuanza-Sul conta com um consultório médico, que serve para prestar assistência médica e medicamentosa às famílias e pessoas carentes.

A falta dos salários dos funcionários preocupa a direcção da Cruz Vermelha no Cuanza-Sul

 A delegada provincial da Cruz Vermelha no Cuanza- Sul, Helena Josefina, mostrou-se preocupada com a situação da falta de salários dos funcionários da instituição que dirige, situação que a CVA na província enfrenta desde o ano de 2020. ”Considero os funcionários da cruz Vermelha, como combatentes da linha frente porque mesmo não recebendo os seus ordenados, já há três anos, continuam empenhados ao trabalho” frisou.

Helena Josefina apontou que a situação é grave, apesar de contar actualmente com os subsídios dos parceiros e do projecto "Bancada”, lembrou que são insuficientes para os trabalhadores, e entende que caso a situação perdure pode concorrer para a desmotivação dos colaboradores. "O trabalho dignifica o homem”, mas a falta  do salário pode vir a comprometer o bom funcionamento da instituição, e apelo a quem de direito para resolver o assunto” rematou. 

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