O foco do programa foram os relatos sobre os grandes locais de convívio artístico e, bem como, desportivo de Moçâmedes, com realce no Forte Santa Rita e Torre do Tombo, bairros mais emblemáticos da província, onde aconteciam as farras.

Em declarações, ontem ao Jornal de Angola, Isaías Afonso recordou o ambiente vivido durante a realização do Poeira no Quintal, produzido no histórico Cine Moçâmedes. "Foi um momento interessante, no qual tive como convidados os kotas Condo, Docas, Altino Ananás, Ricardo Jorge, João Pedro Paxe, José Pinto Zeca do Bigode, Fernando Solinho, Kota Pombal, Jubal, Tozé e Sidónio Gabriel”.

Os intervenientes, também, destacaram algumas figuras emblemáticas a serem homenageadas pelo Núcleo do Namibe do Poeira no Quintal, no contributo para a dinamização e promoção da música popular urbana angolana. O papel dos promotores de eventos locais que podem entrar no plano turístico da província, o ponto de vista de um historiador sobre os seus aspectos culturais e rituais, canções e lembranças dos ouvintes dominaram o programa.

O jornalista realçou a presença do historiador Martinho Nganga que contextualizou sobre a história do surgimento da cidade, sua população, hábitos e costumes e o futuro do turismo numa província com alto potencial.

O Carnaval da Forte de Santa Rita e da Torre do Tombo, com as rivalidades e a influência cultural dos presos políticos na dinamização do movimento artístico nos bairros onde passaram a viver, foram narradas, durante o programa, em que o tema "Riquita” dos Negoleiros do Ritmo ajudou a recordar a mais bela mulher de Angola que conquistou a Metrópole.

Durante o programa, foi apresentado à direcção do Núcleo do Poeira no Quintal do Namibe que tem a liderança de Carlos Rocha Cruz, numa equipa na qual estão os principais entusiastas da música angolana no Namibe. O núcleo tem como prioridade a realização de actividades no formato "Caldo do Poeira” com artistas consagrados e locais.