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Familiares, colegas e alunos despediram-se, sexta-feira, no Cemitério do Benfica, em Luanda, do coreógrafo e professor de Dança Sakaneno João de Deus, que faleceu no último domingo, vítima de doença, aos 62 anos.
Os produtores culturais João Vigário e Yuri Simão, o director da Companhia Nacional de Ópera de Angola (CNOPERA), Emanuel Mendes, a dramaturga Ana Ferreira, e os empresários Paulo Múrias, Marcelina José e Elizabeth Dias dos Santos foram distinguidos, no último domingo, em Luanda, no programa radiofónico “Conversa à Sombra da Mulemba”, da Rádio Mais, como as figuras do ano de 2023.
Emanuel Mendes foi distinguido pela edificação da CNOPERA, enquanto João Vigário pela transformação do Palácio de Ferro numa plataforma artística eclítica e inclusiva. Yuri Simão, por sua vez, foi distinguido pela contribuição que tem dado para o engrandecimento da cultura nacional e o excelente trabalho realizado pela Nova Energia, nos últimos dez anos.
Ana Ferreira foi distinguida pela produção e encenação de textos de teatro de excelência, e os empresários Paulo Múrias devido ao lançamento de uma marca de vinho nacional de qualidade, Marlene José e Elizabeth Dias dos Santos pelo contributo que dão ao empresariado nacional.
Na ocasião, o director da CNOPERA, Emanuel Mendes, disse ao Jornal de Angola, que se sente grato e regozijado pelo reconhecimento que tem recebido ao longo dos anos. "Mais uma vez, sinto-me grato pela distinção da Rádio Mais, no programa ‘Conversa à Sombra da Mulemba’, que é ouvido por várias pessoas e isso só demonstra que muitos apreciam o trabalho que desenvolvo ao longo dos anos”.
Emanuel Mendes referiu que vai continuar a trabalhar para levar o bom nome de Angola a outras latitudes, porque quando o reconhecimento chega, deve-se aumentar cada vez mais as responsabilidades e trabalhar afincadamente.
Para o produtor cultural João Vigário, a distinção que recebeu é mérito de uma vasta equipa do Palácio de Ferro, que trabalha de forma árdua e permanente para materializar, "um sonho concebido por mim e que todos abraçam os desafios feitos”.
João Vigário frisou que quando se fazem coisas positivas as consequências são visíveis e as pessoas vão reconhecendo todo um esforço que é feito para a realização das actividades, tendo aproveitado a oportunidade para agradecer a Rádio Mais, em particular o programa "Conversa à Sombra da Mulemba” pelo mérito.
"O programa ‘Conversa, à Sombra da Mulemba’ tem exaltado algumas figuras angolanas nas mais variadas esferas e não mede esforços para honrar aquelas pessoas que trabalham em prol do país e, desde, já sinto-me agradecido por este reconhecimento”, confessou o produtor cultural. Apesar do prémio, sublinhou, deve-se continuar a caminhar para que o país se desenvolva, com a realização de actividades culturais, ou seja, devemos sistematizar as artes em Angola para que haja uma cultura brilhante e surja o mercado das artes, que é uma parte das indústrias culturais e criativa.
Já Yuri Simão ressaltou que ser outorgado é um sentimento único, tendo acrescentado que o reconhecimento é de toda a equipa que trabalha para a realização do Show do Mês.
O mérito, prosseguiu, é um incentivo para continuar com o projecto e contribuir de maneira a fazer cultura de Angola para angolano.
Ana Ferreira, outra distinguida, realçou que é agradável, "porque o que fizemos agrada a todos e com esta classificação me sinto incentivada a continuar a escrever as peças de teatro”.
A pessoa que escreve, disse, tem que ter público, porque se isso não acontecer, deve-se parar de escrever, referindo que quer ser lida por pessoas de diferentes latitudes.
"Tenho projecto para um futuro espectáculo e mais de três peças que estão escritas. Mas que estão à espera de oportunidade para a sua divulgação”.
Numa avaliação feita em relação ao teatro nacional, Ana Ferreira explicou que as artes cénicas em Angola vivem um momento vibrante, mas que é preciso fazer mais para esta classe.
"Hoje, temos muitas pessoas a fazer teatro e vários grupos teatrais, duas escolas de arte, uma do ensino médio e outra do superior, diversidade de espectáculo acontecerem em Luanda e em outros pontos do país. Mas precisa-se de mais apoio institucional, administrativo, para que os fazedores de teatro se tornem um exímio profissional, para isso é necessário que estes autores tenham um salário condigno”.
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