O bairro da Kilunda, na Comuna da Funda, município de Cacuaco, em Luanda, é palco desde sexta-feira, até hoje, de uma Feira Agrícola.
Mais de 70 expositores de cooperativas agrícolas, de pescas, associações de agricultores, aviários e prestadores de serviço na área da Pecuária, Pescas e Aquicultura estão a mostrar as reais capacidades produtivas das zonas agrícolas de Luanda.
Aberta em paralela à campanha agrícola 2023/2024 pelo governador de Luanda, Manuel Homem, a Feira Agrícola está a mostrar o potencial agricola da província, capital do país.
O director do Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas de Luanda, João José Pedro, afirmou que este é o novo formato que, doravante, vai acompanhar as aberturas dos Anos Agrícolas.
A ideia é de os agricultores mostrarem e venderem os seus produtos e também espelhar as dificuldades, durante a actividade de cultivo.
João José Pedro salientou que as culturas expostas na feira são cebola, tomate, repolho, couve, rama de batata, quiabo, milho, soja, mandioca, batata-doce, banana-pão, várias espécies de peixes, além de produtos processados e transformados provenientes do campo.
O engenheiro agrónomo disse que o intercâmbio entre os agricultores é salutar, uma vez que quase todos os municípios da província de Luanda estão representados na feira.
Durante a feira, o governador de Luanda, Manuel Homem, fez a entrega de fertilizantes, moto-bombas para irrigar os campos, moto-cultivadoras, sulcadores, sementes de pinto, pulverizadores, enxadas, catanas e outros produtos.
Isso, segundo o governador de Luanda, visa fomentar o agronegócio e a criação de postos de trabalho, além de aumentar a economia das famílias de Luanda.
Por seu turno, o administrador comunal-adjunto da Funda, para Área Política e Social, Hamilton da Silva, disse que a feira é uma abertura para que os camponeses possam mostrar o potencial e apresentar as dificuldades enfrentadas, com vista a encontrar soluções para se produzir melhor, porque o país precisa dessa produção para alavancar a economia nacional.
Durante três dias, disse, será possível as pessoas visitarem a feira e adquirir produtos de boa qualidade saídos do campo, frescos e a um preço acessível.
Hamilton da Silva afirmou que os camponeses queixam-se do valor elevado dos insumos agrícolas e ouviu-se a promessa do governador de Luanda, que junto com a UNACA vão distribuir alguns materiais agrícolas. A medida alegra os agricultores, porque vai aumentar o nível de produção e, consequentemente, a rentabilidade do mesmo.
Já Manuel da Piedade, o presidente da Cooperativa Agrícola Wigia Kiwenda, afirmou que os agricultores da Kilunda, na Funda, estão preparados para o ano agrícola, mas é preciso mais apoios quanto aos insumos agrícolas.
"Nós plantamos mais hortícolas desde o jindungo, pepino, beringela, cebola, couve, rama de batata, alface, pimenta entre outras”, disse.
Manuel da Piedade disse estar receoso por causa das chuvas que se abatem um pouco por todo o país, referindo que "As chuvas são bem-vindas mas, quando é por demasia, como tem acontecido nos últimos dias, causa-nos muitos problemas. Por isso, estamos muito cautelosos no plantio, para não sermos surpreendidos pelas inundações”.
Aquele responsável cooperativo lamentou o facto de os fertilizantes estarem muito caros, e muitas culturas não terem o desenvolvimento adequado.
Já o presidente da Cooperativa Kunda Okundapa, Lucas Joaquim, informou que os associados produzem alho, cebola e milho em grande escala, além de feijão e cana-de-açúcar. Realçou que o grande constrangimento é o escoamento dos produtos e a falta de meios de irrigação, para alavancar com a produção.
"Pensamos que com esses meios à disposição, chegamos a duas toneladas de alho, de batata rena, oito toneladas de cebola, e nesta época chuvosa o milho e o feijão são as culturas mais adequadas”, finaliza.
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