A Lunda-Norte celebra, hoje, 44 anos de existência, desde a sua criação, em 1978, por via do Decreto Presidencial nº 86/78 de 4 Julho. Nesse período, a província registou vários progressos, mas, também, recuos, como reconhecem os dirigientes e munícipes.
O município do Tômbwa, o maior em área territorial da província do Namibe, tem 18.019 km². A cidade e comuna-sede é o principal centro urbano do município. Nela vive 60 por cento da população, sendo na sua maioria pescadora. Limitado a norte pelos municípios de Moçâmedes e a leste pelo município do Virei e pela província do Cunene, a sul pela República da Namíbia, e a oeste pelo Oceano Atlântico, Tômbwa, há vários anos, vem enfrentando o avanço das areias do deserto, num desafio ecológico de desfecho imprevisível. Além da comuna-sede, o município possui as comunas do Iona e São Martinho dos Tigres.
Chefe de Departamento da Agricultura apresenta os grandes projectos agrícolas na província, destacando, além dos citrinos, a produção de cacau.
O
governo de Cabinda está a implementar um projecto de multiplicação e
distribuição de mudas melhoradas de várias espécies de citrinos, para
incentivar a produção de frutas, uma cultura até aqui feita apenas por um
número muito reduzido de famílias.
O
chefe de Departamento da Agricultura, Fernando Paca, que anunciou o facto, ao
Jornal de Angola, destacou que a estratégia de fomento da cultura de citrinos
se enquadra no âmbito do projecto de cadeia de valor agrícola, que visa
permitir que as famílias campesinas e outros agricultores que se dedicam ao
cultivo de frutas possam adquirir mais rendimentos financeiros, por um lado e,
por outro, garantir a possibilidade de transformação do excedente.
Segundo
Fernando Paca, Cabinda não tinha, até um passado recente, pomar de referência
na produção de citrinos, havendo apenas um ou
outro agricultor com um pequeno pomar que produzia frutas para consumo
doméstico, daí o interesse do governo provincial em apostar no fomento da
produção de citrinos.
O
projecto de multiplicação de mudas de citrinos já permitiu a multiplicação e
distribuição de 3.505 mudas de várias espécies de fruteiras, entre laranjeiras,
limoeiros e tangerineiras, que serão cultivadas numa extensão de,
aproximadamente, 12 hectares, com o envolvimento de 35 mil famílias campesinas
dos quatro municípios da província nomeadamente Cabinda, Cacongo, Buco-Zau e
Belize, devendo, cada uma delas beneficiar 10 a 15 mudas.
Fernando
Paca salientou que, com a introdução da estratégia de mudas melhoradas, a produção
de citrinos na província poderá aumentar significativamente, uma vez que em
cada hectare poderão ser produzidas entre 40 a 50 toneladas de frutas por
ano.
"A
grande aposta do governo é a agricultura familiar e capacitar as famílias
camponesas com a distribuição de 10 a 15 mudas por família, com vista a
melhorar a condição de vida da população”, disse, acrescentando que a
actividade dos camponeses será acompanhada pelos técnicos da Estação de
Desenvolvimento Agrário de São Vicente e pelas respectivas administrações
municipais.
Fernando Paca defendeu que se criem na província "escolas de campo" vocacionadas na transmissão aos agricultores de novas práticas de cultivo e de combate a pragas, tudo no interesse de conferir maior qualidade ao produto. "Defendemos a criação de escolas de campo para transmitir aos camponeses novos conceitos e técnicas de trabalho e de combate a pragas, com aplicação de tecnologias modernas, pesticidas e adubos”, referiu.
Cacau
de qualidade
O
cacau que está a ser produzido em Cabinda apresenta excelentes qualidades, o
que o torna muito mais fácil de ser comercializado, quer a nível do país, quer
no exterior. Num
passado recente, empresários holandeses com uma vasta experiência no que
concerne ao comércio de cacau a nível internacional estiveram em Cabinda, com o
fito de colher amostras do produto que começou a ser produzido na província há
cerca de três anos, no âmbito do projecto de cadeia de valor agrícola,
focalizado, essencialmente, na dinamização de culturas de rendimento e
comerciais.
"Os resultados obtidos, em função dos testes efectuados no exterior do país, foram bastante animadores. Ou seja, o cacau produzido em Cabinda possui excelentes qualidades comerciais”, informou.
O
governo da província apostou seriamente no fomento da produção de cacau por ser
uma cultura de rendimento comercial que facilmente poderá potenciar
financeiramente muitas famílias envolvidas nesta actividade. A
produção de cacau iniciou em 2019 e, para a presente campanha, 252 unidades
produtivas estão envolvidas no cultivo daquele produto, numa área global de
cerca de 300 hectares, prevendo uma safra de 150 toneladas de cacau.
Para
além das unidades produtivas envolvidas no cultivo de cacau, o governo da
província tem estado a apoiar, também, famílias camponesas e outros pequenos
grupos de agricultores do meio rural, com mudas de cacau, com o objectivo de
incentivar as culturas de renda e comerciais na região.
Zonas
de maior produção
O chefe de departamento da Agricultura da Secretaria provincial da Agricultura e Pescas garantiu que a produção de cacau já é um facto notório em toda a extensão da província, sendo que o município de Belize é o que mais se destaca, com um total de 90 unidades de produção e com uma área cultivada de 96 hectares.
Na lista dos municípios produtores de cacau seguem-se o município madeireiro de Buco-Zau, com 82 unidades e com uma área agricultada de 81.6 hectares, depois Cabinda, com 40 unidades de produção, numa área cultivada de 75.7 hectares e finalmente a vila de Lândana (Cacongo), com apenas 40 produtores, numa área de 45 hectares.
Fernando Paca considerou ser incipiente ainda a produção de cacau que é feita em Cabinda, por não suportar a demanda de pedidos de compra do mesmo produto, por parte de muitas empresas produtoras de chocolate e de outras que se dedicam apenas à exportação.
"A prática da cultura de cacau na província já ganhou vitalidade. Com o número de produtores que hoje dispomos, já nos permite colher entre 120 a 150 toneladas de castanhas de cacau ano”, disse Fernando Paca, para quem, apesar dos indicadores de safras acima destacados, a produção de cacau ainda não é suficiente para atender o número de solicitações de compradores nacionais e internacionais.
Segundo o dirigente, todo o cacau produzido é comprado por agentes económicos locais, indicados pelo governo da província que possui condições técnicas favoráveis para fermentação, secagem e posterior exportação.
"Neste momento, nenhum produtor pode lamentar mais da falta de canais de escoamento, porquanto o governo potenciou um operador económico que tem a responsabilidade de recolher todo o cacau nas zonas de cultivo, fermentá-lo secá-lo para a sua exportação”, declarou.
Produtor de chocolate
Alector
Araújo, empresário do ramo da agro-pecuária, é o agente que, desde o ano de
2020, tem estado a comprar toda a produção de cacau dos quatro municípios da
província de Cabinda. Até
agora, o empresário já comprou mais de 20 toneladas de cacau a preço de 400
kwanzas por cada quilograma.
Segundo Alector Araújo, depois da compra, o cacau é submetido ao processo de fermentação e secagem e, posteriormente, comercializado, já que os clientes pelo mundo preferem comprar o cacau já semi-transformado.
O
processo de fermentação e secagem é feito de forma rudimentar, o que já não se
compadece com o contexto actual, daí que já perspectiva a instalação de uma
unidade moderna de transformação de cacau, não só para tornar o sistema mais
célere, mas também para permitir maior fluidez a compra do produto aos agricultores
e permitir que, localmente, se possa produzir também chocolate.
"Já
solicitámos um financiamento ao Banco de De-senvolvimento Angolano (BDA) e
aguardamos, a todo instante, que nos seja cedido este pedido, precisamente para
instalarmos uma pequena unidade de transformação de cacau em Cabinda”,
revelou.
O empresário também precisa de viaturas para a transportação do produto das zonas de cultivo para a sua unidade de fermentação e secagem, localizada no Yabi, sul da cidade de Cabinda.
Para
contrapor essa dificuldade, Alector de Araújo disse ter submetido ao projecto
de Cadeia de Valor Agrícola, implementado pelo governo da província e
financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), uma proposta de compra
de meios de transporte, para facilitar a deslocação para o interior.
"Queremos tornar o processo de transformação de cacau mais homogéneo, mas sem meios adequados de trabalho, ser-nos-á impossível idealizar esse desiderato", afirmou o empresário, para quem a fermentação é o elemento mais importante na cadeia de mutação do produto, por ser o que lhe confere a qualidade, quer para o consumo, quer para venda.
Produção
da banana
A produção da banana em Cabinda é bastante expressiva, mas é uma actividade praticada maioritariamente por grupos familiares e pessoas singulares em zonas rurais, com destaque para os municípios de Cacongo, na zona do Lico e Belize.
Por
ser possível em todas as estações do ano, a produção da banana tem produzido
boas safras. Além das quantidades que, geralmente, são comercializadas ao
nível da província para o consumo interno da população local, Ponta Ne-gra
(República do Congo) tem sido o principal mercado de exportação do produto, a
partir da fronteira de Massabi.
"Estamos
satisfeitos com os actuais níveis de produção da banana”, declarou Fernando
Paca, para quem, não obstante os bons indicadores de produção da banana na
província, o sector pondera a possibilidade de modernizar o sistema de
produção, para se evitar o impacto negativo com o meio ambiente, tal como tem vindo
acontecer com a devastação da floresta pelos agricultores.
A
modernização do sistema de produção da banana, disse, passa, necessariamente,
pela ntrodução do sistema de "ferti-irrigação” que obriga ao agricultor possuir
uma fonte de abastecimento de água, antes de efectuar a plantação. Fernando
Paca destacou que, em Cabinda, produz-se duas espécies de banana. A banana pão
é mais produzida no município de Cacongo, enquanto a banana de mesa provém do
Alto Maiombe, no município de Belize.
Em
termos de extensão de terras cultivadas, Fernando Paca informou que a cultura
da banana foi feita numa área de 9.135 hectares, tendo gerado uma safra de
373.674 toneladas, com o envolvimento de 35 mil famílias camponesas. O
projecto Cadeia de Valor Agrícola, em curso na província, desde 2019, com um
financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento de 123 milhões de dólares,
tem em vista o fomento de culturas de rendimento e comerciais, incluindo a
pecuária, piscicultura
e avicultura.
Fernando
Paca admitiu a possibilidade de se aumentar o número de hectares a que cada
família tem estado a cultivar, passando dos actuais um hectare para dois, ao
mesmo tempo em que são distribuídos fertilizantes e adubos para elevarem os
níveis de produção.
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