O embaixador de Angola na Côte D'Ivoire, Domingos Pacheco, reuniu-se, esta sexta-feira, em Luanda, com empresários e instituições angolanas, com os quais abordou questões de cooperação económica e de investimentos.
Os Estados Unidos podem disponibilizar 3,5 milhões de dólares para Angola aprimorar e modernizar infra-estruturas e a gestão de políticas públicas. A informação foi avançada ontem pela directora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power, durante uma visita ao Porto do Lobito, na província de Benguela.
O Ministério da Economia e Planeamento, através do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), prevê, para este ano, desenvolver e financiar um total de 1.500 projectos em vários sectores da actividade produtiva.
Segundo o ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, que apresentou ontem, em Luanda, o balanço das actividades realizadas em 2022 e perspectivas para 2023, o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN), que ainda está em elaboração, definirá as metas.
"Os 1.500 projectos é um número que gostaríamos de atingir, e quiçá financiar muito mais, sendo que, para este ano, existe muito mais recursos financeiros, destacando os três novos programas do Executivo, nomeadamente, PLANAGRÃO, com cerca de 230 mil milhões de kwanzas, o PLANAPECUÁRIA, com cerca de 100 milhões de dólares (50 mil milhões de kwanzas), bem como o PLANAPESCA, com aproximadamente o mesmo recurso financeiro”, adiantou, depois de frisar que no ano passado não havia a disponibilidade destes recursos.
Sublinhou que o Executivo angolano está engajado em alocar financiamentos aos projectos ligados à economia real, com vista a potenciar o sector do agro-negócio do país.
Mário Caetano João reportou que, em 2022, o PRODESI financiou projectos de cerca de dois mil operadores económicos a nível de todo o país.
No ano passado, foram registados cerca de 100 mil produtores no Portal da Produção Nacional (PPN), contra os cerca de 68 mil produtores do ano de 2021.
"O programa está a ganhar maturidade não por ser o Ministério a tutelar e a implementar, mas também graças à participação dos parceiros e produtores nacionais, que têm acreditado cada vez mais nos objectivos e a executar os mesmos”, frisou.
Com a implementação do PRODESI, disse, os dados preliminares indicam que o sector não petrolífero tem registado maior contribuição em relação ao sector petrolífero, sendo 70,1 por cento, em 2021, para 72,8 por cento em 2022, uma "tendência que se pretende reforçar”.
Exportação
Em 2022, fruto das acções desenvolvidas pelo PRODESI, o país exportou diversos produtos que resultaram na arrecadação de 100 milhões de dólares.
Mário Caetano João explicou que com o surgimento da Covid-19, o montante exportado baixou para cerca de 40 milhões de dólares, sendo que em 2021 passou para aproximadamente 66 milhões de dólares.
"Estamos a recomeçar e desta vez de forma mais robusta, porque esta produção já é fruto de todos os esforços, não só dos produtores, como também de todas as instituições públicas que estão a abraçar cada vez mais o PRODESI, e acima de tudo o sistema bancário”, frisou.
Expo Feito em Angola
Na sequência do plano de expansão do "Serviço Feito em Angola”, prevê-se desenvolver, em todo o território nacional, no mês de Novembro, acções que visam mobilizar a adesão de 500 empresas e o registo de 1.000 produtos, até ao final de 2023.
Por um lado, fruto da dinamização do serviço e da simplificação do processo de adesão, estima-se um crescimento médio anual de 25 por cento, até 2027.
Desde a sua criação, o programa registou até o final de 2021 cerca de 130 empresas, as quais deram visibilidade ao "Selo Feito em Angola”.
Ainda no âmbito do PRODESI, Mário Caetano João disse que foram realizadas várias feiras de produção nacional, perspectivando-se para este ano um total de 13 feiras temáticas com parceiros.
Numa primeira fase, segundo avançou o ministro, será realizada a "Expo-Mulher”, uma feira de cariz africana e internacional. Consta ainda dos projectos, a realização da Feira da Moda, que terá a parceria do Ministério da Cultura.
PREI vai cadastrar 400 mil operadores económicos
O Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI) perspectiva, para este ano, cadastrar, a partir do próximo mês, cerca de 400 mil operadores em todo o país.
No ano passado, o programa permitiu formalizar mais de 250 mil operadores econômicos, quantidade que ultrapassou as estimativas previstas do Programa de Desenvolvimento Nacional (PDN), tendo a economia informal reduzido em 1,2 por cento. Cerca de 50 mil operadores foram formalizados por mês, e com esta meta mensal.
Por outro lado, de forma a alcançar os objectivos, será necessário enquadrar os jovens, porque o PREI 2.0, a ser lançado, será um programa que terá a parceria dos jovens.
"Estes poderão ter o seu negócio, montar projectos desde cyber cafés, quiosques, entre outros”, frisou.
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LoginA administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) visitou, ontem, antes de viajar para o município do Lobito, a cidade de Benguela. Aqui, Samantha Power enfatizou que os programas estruturantes em andamento no Corredor do Lobito e na Agricultura terão um impacto significativo, retirando milhares de pessoas da fome e da pobreza. Power destacou o lançamento da expansão de cinco milhões de dólares do projecto Mulheres na Agricultura Angolana (WAF) da USAID, que beneficiará as províncias de Benguela, Huambo e Bié. Além de auxiliar Angola, Power ressaltou que essas iniciativas ajudarão a combater a pobreza em diversas famílias ao redor do mundo.
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