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Presidente pede respeito pela dignidade humana

O Presidente moçambicano pediu ontem respeito pela dignidade humana aos órgãos de Comunicação Social na cobertura da violência armada em Cabo Delgado, no Norte do país, manifestando preocupação sobre “tendências para o desrespeito”.

14/05/2021  Última atualização 06H30
O Chefe de Estado no acto de tomada de posse de novos membros do Conselho Superior da Comunicação Social © Fotografia por: DR
Segundo a Lusa, o Chefe de Estado falava durante a cerimónia de tomada de posse de 11 novos membros do Conselho Superior de Comunicação Social (CSCS) de Moçambique.

Para o Presidente, a proliferação de órgãos de Comunicação Social no país propicia o desrespeito pela deontologia profissional e pela vida, situação causada pela busca de audiência. "A importância do sofrimento humano não pode ser reduzida a meros actos de competição para atrair audiências”, declarou Nyusi, pedindo que os empossados criem debates sobre o assunto, para "resgatar alguns valores que lentamente vão-se perdendo”.

Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.500 mortes segundo o projecto de registo de conflitos ACLED e aproximadamente 1 milhão de deslocados.

Um ataque a Palma, junto ao projecto de gás em construção, a 24 de Março, provocou dezenas de mortos e feridos. As autoridades moçambicanas anunciaram controlar a vila, mas o ataque levou a petrolífera Total a abandonar o recinto do empreendimento que tinha início de produção previsto para 2024.
 
Ex-ministra colocada em liberdade vigiada
A ex-ministra do Trabalho de Moçambique, Helena Taipo, foi libertada na quarta-feira e colocada sob termo de identidade e residência vigiada, dois anos após ter sido detida num caso de corrupção, disse à Lusa fonte próxima da antiga governante.
Helena Taipo, ministra do Trabalho entre 2005 e 2015, encontrava-se em prisão preventiva desde Abril de 2019 no Estabelecimento Preventivo da Cidade de Maputo, por suspeitas de recebimento de subornos no valor de 100 milhões de meticais (1,4 milhões de euros), em 2014.

Os alegados subornos correspondiam a contrapartidas pelo favorecimento de empresas de construção civil e do sector gráfico em contratos com o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), entidade que a então ministra tutelava.
Além do caso de alegados subornos no INSS, a antiga ministra é também acusada num outro processo, com mais 11 suspeitos, de alegado envolvimento no desvio do equivalente a 113 milhões de meticais (cerca de 1,6 milhões de euros) das contas da Direcção do Trabalho Migratório (DTM).

De acordo com a acusação do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCC), o dinheiro foi usado para a compra de imóveis, viaturas, cabazes de alimentos e bebidas alcoólicas. Uma parte do montante desviado era de taxas que as companhias mineiras sul-africanas pagam ao Estado moçambicano pela contratação de mão-de-obra nacional. Além de ter sido ministra do Trabalho, Helena Taipo foi embaixadora de Moçambique em Angola e governadora da província de Sofala, Centro do país.

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