"Devemos ter a ambição de aumentar a produção de petróleo e a produção do gás”, propôs João Lourenço.

O Chefe de Estado, que falava na cerimónia em que conferiu posse a três secretários de Estado e ao Conselho de Administração da Sonangol, lembrou que foi constituído um novo consórcio do gás e feitas alterações à legislação para incentivar a produção de gás.

A intenção, segundo o Presidente da República, é  Angola deixar de ser apenas um grande produtor e exportador de petróleo, "mas, se possível, de preferência, um grande produtor e exportador de gás natural”, salientou. O Chefe de Estado referiu ainda que o país tem importantes infra-estruturas do sector que estão em fase de construção, tendo destacado a Refinaria do Lobito e o Terminal Oceânico da Barra do Dande.

O Presidente da República espera que esses projectos de infra-estruturas em terra sejam concluídos em tempo útil, por serem importantes para a economia do país.

João Lourenço espera ainda que o Conselho de Administração da Sonangol tenha a pretensão de começar a olhar para outras fontes de produção de energia. Com esta proposta, o Presidente da República quer que a Sonangol deixe de ser apenas uma empresa de produção de óleo e gás e passe a ser de energia, com uma diversidade de fontes de produção de energia. "Numa altura em que o mundo clama por novas fontes de produção de energia, vocês já estão no ramo, é uma questão de criar mais um braço que possa, então, passar a atender a esta necessidade premente de diversificarmos as fontes de produção de energia”, disse o Presidente da República.

Aos secretários de Estado, João Lourenço pediu apoio aos ministros para que o Executivo possa cumprir com maior competência as responsabilidades que lhe cabem.

PCA aponta desafios

O presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Pai Querido Gaspar Martins, disse à imprensa, no fim da tomada de posse, que a petrolífera tem desafios relacionados com o aumento da produção e com a participação mais activa na produção de gás.

O responsável da Sonangol disse que à sua administração foi colocado o desafio de olhar para as fontes alternativa de energias naquelas áreas em que é possível também desenvolver projectos e a concretização de  vários outros  em curso, nomeadamente o aumento da capacidade de armazenagem do Terminal Oceânico da Barra do Dande e os ligados  à refinaria do Lobito. Segundo o PCA, existem outros projectos que têm a ver com a refinação e envolvem a Sonangol.

Sebastião Pai Querido Gaspar Martins considera estas áreas muito pertinentes, "porque Angola precisa e estamos numa fase de transição energética, mas não podemos deixar de ver que o país tem uma dependência grande de receitas provenientes do sector petrolífero e nós somos uma peça fundamental nesta área”, ressaltou.  

O PCA da Sonangol garantiu que a instituição está bem financeiramente e em breve vai fazer a divulgação final do resultado de 2023. "Temos que continuar a trabalhar no aumento e procura de receitas,  mas isso não impede que nós não concretizemos os nossos projectos”, disse.

O Presidente da República, João Lourenço, conferiu posse aos integrantes do Conselho de Administração da petrolífera nacional Sonangol e aos novos secretários de Estado nomeados há dias para os sectores da Agricultura e da Indústria.

Sebastião Pai Querido Gaspar Martins tomou posse no cargo de presidente do Conselho de Administração da Sonangol enquanto Belarmino Emílio Chitangueleca, Baltazar Agostinho Gonçalves Miguel, Jorge Barros Vinhas, Olga Lukocheka da Silva Sabalo Miranda, Kátia Mariana Siliveli Epalanga Lutucuta e Osvaldo Inácio como administradores executivos.

Como administradores não executivos foram empossados Lopo Fortunato Ferreira do Nascimento, André de Jesus Moda, Bernarda Gonçalves Martins e Augusto Teixeira de Matos.

Os secretários de Estado empossados foram Castro Paulino Camarada para a Agricultura e Pecuária, João Manuel Bartolomeu da Cunha para as Florestas e Carlos Manuel de Carvalho Rodrigues para a Indústria.

Testemunharam a cerimónia solene de posse a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, ministros de Estado, os ministros titulares dos sectores a que pertencem os empossados  e o  governador da província de Luanda.