O Embaixador da República de Angola na Federação da Rússia e na Comunidade dos Estados Independentes, Augusto da Silva Cunha, entregou, esta terça-feira, as cartas credenciais ao presidente da Mongólia, Ukhnaagiin Khürelsükh, para dar início às funções naquele Estado, na condição de embaixador não-residente.
O Chefe de Estado, João Lourenço, afirmou, terça-feira, que só é possível alcançar a paz e a reconciliação em África com acções voltadas à criação do espírito de confiança e de unidade na diversidade, para a prevenção, gestão e resolução de conflitos.
Ao discursar na sessão do Conselho de Paz e Segurança da União Africana, que culminou com a cerimónia inaugural do Dia da Paz e Reconciliação em África, João Lourenço chamou a atenção para os graves problemas que os países do continente enfrentam, com destaque para os conflitos armados que têm agravado, cada vez mais, o flagelo da fome, miséria e das doenças.
No vídeo partilhado durante a sessão virtual orientada a partir de Addis Abeba, Etiópia, o Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação no Continente acrescentou que os conflitos armados provocam migrações forçadas das populações, afastam o investimento privado estrangeiro, aumentam o desemprego e outros males que afectam o quotidiano de milhares de cidadãos.
O Presidente João Lourenço aproveitou a ocasião para apelar aos Estados-membros da União Africana a deixarem definitivamente para trás o passado conturbado de desentendimento, desarmonia e de discórdia, que condicionou e comprometeu a execução de estratégias de desenvolvimento que ajudariam a impulsionar o crescimento económico do continente e colocá-lo a um nível aceitável de competitividade com outras regiões do mundo.
"Devemos assumir a nossa responsabilidade colectiva no que respeita aos esforços a envidar para realizarmos um dos propósitos definidos na Agenda 2063 da União Africana, nossa organização continental, que consiste em alcançarmos, o quanto antes, o objectivo não concretizado de silenciar as armas no nosso continente”, defendeu.
O Dia da Paz e Reconciliação em África foi assinalado ontem, depois de ter sido instituído na 16ª sessão extraordinária de Chefes de Estado e de Governo da União Africana sobre o Terrorismo e Mudanças Inconstitucionais de Governo, realizada no ano passado, em Malabo – Guiné Equatorial.
Durante a mesma Cimeira, o Chefe de Estado angolano foi nomeado Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação em África. Ao referir-se sobre o assunto, ontem, João Lourenço disse constituir uma grande honra para si, para o Governo e o povo angolano de modo geral, por se tratar de um reconhecimento que teve em conta a experiência de Angola em matéria de construção da paz que perdura há duas décadas.
João Lourenço foi designado Campeão para a Reconciliação e Paz em África devido ao seu engajamento para a pacificação do continente, sobretudo no âmbito da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRG) e outras zonas.
No encerramento da 16ª Cimeira Extraordinária da União Africana sobre o Terrorismo e Mudanças Inconstitucionais de Governo em África, sob sua orientação, o estadista angolano considerou uma honra ter merecido a confiança de todos para assumir esta responsabilidade, tendo prometido dedicar o seu empenho e todas as forças para não desmerecer esta aposta.
Sobre o desafio, o Presidente da República disse que a aposta o obrigará a aprofundar e reforçar algumas iniciativas tomadas no âmbito da CIRGL, estendendo-as a outras zonas do continente, onde, sempre que possível, e desde que a acção seja necessária, não poupará esforços para levar ideias e acções para estes pontos, de modo a ajudar a resolver pacificamente os problemas e divergências aí existentes.
"Gostaria, por isso, em nome do Povo angolano e no meu próprio, de agradecer a escolha que recaiu sobre mim e dizer-vos que poderão contar comigo plenamente”, prometeu, na ocasião, o Chefe de Estado.
Quanto aos relatórios apresentados ao longo do último dia da Cimeira de Malabo, o Presidente João Lourenço referiu que se mencionaram factos, as principais zonas e países do continente onde o terrorismo e as mudanças inconstitucionais de Governos se instalaram e onde as forças antidemocráticas tomaram assento de forma ilegal e, absolutamente, inaceitável.
Desarmar as mentes e trabalhar de mãos dadas
O Presidente da República considerou que se coloca a cada cidadão, aos povos, políticos e governantes africanos, organizações da sociedade civil e demais instituições a exigência de "desarmarmos as nossas mentes para trabalharmos de mãos dadas e dentro do espírito de fraternidade, que nos é característico, pormos um fim aos conflitos que subsistem na África Ocidental, África Central, Região dos Grandes Lagos, África Oriental e no Corno de África”.
João Lourenço disse congratular-se com os esforços realizados por todas as partes envolvidas, que permitiram uma solução negociada que levará ao fim definitivo do conflito armado e ao estabelecimento da paz na Etiópia.
Porém, reconheceu existir a necessidade de se envidar todos esforços ao alcance de cada um para a garantia e funcionamento eficaz das "jovens democracias” que, no seu entender, estão aquém do nível das mais avançadas.
O Chefe de Estado angolano defendeu que estes países devem ser capazes de dissipar tensões e factores de discórdia que têm servido de pretexto para as "inaceitáveis” mudanças inconstitucionais de governo que vêm se sucedendo nos últimos tempos.
"A grande ambição é ter, num futuro não muito longínquo, um continente economicamente forte e socialmente estável que supere o analfabetismo, a fome e a miséria e que garanta o emprego e o bem-estar para os seus filhos”, desafiou João Lourenço, para quem "este velho sonho é realizável se todos juntos trabalharmos para alcançar uma paz definitiva em todo o continente africano, declarando tolerância zero ao terrorismo, aos golpes de Estado e às guerras inter-étnicas e inter-religiosas entre os países vizinhos”.
Na óptica do Chefe de Estado angolano, a transformação de África num continente de paz, reconciliação e desenvolvimento económico depende sobretudo dos governantes e dos cidadãos africanos.
"Que todas as nossas energias, talentos e recursos de todo o tipo sejam dedicados, em primeiro lugar, a favor do desenvolvimento económico e social dos nossos países”, exortou.
Durante o encontro virtual foram reiteradas várias felicitações ao "Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação em África” e destacado o contributo para a pacificação do continente berço da humanidade.
João Lourenço desejou que se celebre a data com júbilo e com uma forte crença de que virão dias de paz, harmonia e de prosperidade para os povos africanos, "se nos empenharmos o suficiente para alcançar este objectivo”.
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