Cultura

Presença feminina na arte gera debate

Um grupo de senhoras celebram o Dia da Mulher Africana, hoje, com uma actividade cultural, na Casa Museu Nona Brisa, na Marginal do Benfica. O espaço também vai acolher o programa “A Casa da Rádio”, emitido no canal principal da Rádio Nacional de Angola.

31/07/2024  Última atualização 10H35
“Mamã África” (ao centro), responsável da Casa Museu Nona Brisa © Fotografia por: DR

A jornalista e pan-americanista Aminata Goubel "Mamã África”, em declarações ao Jornal de Angola, disse que realiza eventos semelhantes de forma periódica, mas este tem um significado diferente.

"Nós temos organizado vários eventos e somos muito solicitados por grupos de mulheres e sendo o 31 de Julho, uma data muito importante para nós mulheres africanas, não podemos deixar passar a data em branco”, justificou a carismática Mamã África.

Quanto a presença do programa "Casa da Rádio”, a profissional afecta a editoria de Cultura da Rádio Nacional de Angola, frisou que é uma combinação natural e necessária, por isso o programa apresentado por Elizabeth Teixeira e Elione Falcão vai abordar o tema "Desafios e conquistas das mulheres africanas”.

Aminata Goubel confirma a presença da Mamã Kuiba, que vai brindar os visitantes e turistas com pratos da terra, com destaque para o calulu de óleo de palma.

Na Casa Museu Nona Brisa, mais conhecida por Casa Museu da Mamã África por estar situada à Beira Mar, no Benfica, acontecem encontros com música ao vivo, tertúlias, recitais de poesia e outros momentos culturais.

Segundo Mamã África, no espaço realiza-se, também, a "Bênção à Kianda”, um ritual que se faz colocando os pés no mar respeitando os nossos ancestrais, que foram arrancados e levados em caravelas e barcos para o continente americano. 

A Casa Museu da Mamã África é considerada um templo da cultura, com mil peças de arte, distribuídas entre artesanato, livros, instrumentos de percussão, olaria, máscaras, quadros, panos e bijuterias africanas e discos de música antiga.

O acervo resulta de mais de 30 anos da colecção de obras de arte do escritor Lopito Feijóo e de Aminata Goubel  "Mamã África” adquiridas nas viagens e visitas por vários países do mundo, numa clara dedicação pela preservação da ancestralidade no continente.

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