Sociedade

Prédio da ex-livraria Mirui está em fase de demolição

António Cristóvão

Jornalista

A demolição do edifício N.º 7, na Avenida Comandante Valódia, em Luanda, arrancou, oficialmente, terça-feira, com a previsão de derrube total ficar concluído dentro de um mês, revelou o director do Gabinete Provincial de Infra-estruturas e Serviços Técnicos.

07/08/2024  Última atualização 09H58
Processo está sob a responsabilidade da empresa de construção Hipermáquinas Angola © Fotografia por: Arsénio bravo | Edições Novembro

Calunga Quissanga explicou que a destruição do prédio, também conhecido por edifício da ex-livraria Mirui, junto ao Largo do Kinaxixi, no distrito urbano da Ingombota, está a ser efectuada pelo empreiteiro Hipermáquinas Angola (HMA), com a fiscalização da Progest.

O director do Gabinete Provincial de Infra-estruturas e Serviços Técnicos deu a conhecer que depois da demolição total da estrutura, o local vai ser vedado. O edifício, esclareceu, estava em situação crítica. Além deste, realçou, existem outros nove, a maioria em Luanda, para serem demolidos.

"A empresa responsável vai usar um modelo de demolição controlada por meios mecânicos e sem explosões. Vamos ter uma máquina, essencialmente, um martelo e uma outra de corte para fazer a operação de demolição”, garantiu.

O director de Infra-estruturas e Serviços Técnicos disse que as condições foram criadas para a segurança dos moradores, automobilistas e peões que circularem pela Avenida Comandante Valódia.

"Estamos em condições de evitar qualquer desastre. Os moradores que estão no perímetro e os edifícios nos arredores vão ser monitorados, durante toda esta operação de demolição”, garantiu o engenheiro.

Lote 1

Em relação à demolição do Lote 1, no bairro Prenda, Calunga Quissanga disse estarem na fase final para a consignação do contrato entre o Ministério das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação (MINOPUH) e o empreiteiro, mas evitou avançar detalhes administrativos.

O Lote 1 do Prenda, revelou, vai ser demolido depois de cumprido o processo administrativo. Com a demolição do edifício, disse, vai entrar em marcha um processo de requalificação da área, onde surgirão novos prédios à disposição dos munícipes da província de Luanda, acto que vai depender de recursos financeiros. "Estamos a falar de uma vasta área e temos um projecto de requalificação do bairro Prenda”, ressaltou.   

Calunga Quissanga anunciou, também, o arranque das obras de melhoria da Rua Farol das Lagostas, que passa pela antiga Fábrica de Bicicletas e Motociclos (Fabimor), comuna do Ngola Kiluanji, com um prazo de execução de 12 meses.

O director informou que a empreitada está a cargo da Omatapalo e Mota Engil. Com base em informações oficiais, o programa para a melhoria das vias secundárias e terciárias da província arrancou no ano passado e encerra a 2 de Setembro de 2025. As obras, também a cargo da Omatapalo e Mota Engil, estão orçadas em 250,8 milhões de dólares.

Obras Públicas

De acordo com informações tornadas públicas pelo ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, no passado mês de Abril, 501 edifícios no país estão em condições de precariedade de conservação.

Carlos Alberto dos Santos fez o anúncio no âmbito do lançamento do projecto-piloto de registo dos imóveis confiscados e nacionalizados no país. O ministro adiantou ainda que constam da lista dos mais de 500 imóveis, os lotes 1 e 2, do bairro Prenda, os edifícios na Avenida Comandante Valódia (ex-Combatentes), em Luanda, o prédio da FAPA, no Huambo, e outro na cidade do Cuito, capital daprovíncia do Bié.

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