Sociedade

Preço da corrida de táxi continua a 150 kwanzas

Engrácia Francisco

Jornalista

O presidente da Associação Nacional dos Taxistas de Angola (Anata), Francisco Paciente, afirmou, sexta-feira, em Luanda, que a subida do táxi ainda não é uma realidade a nível do país.

23/03/2024  Última atualização 09H00
Associação de taxistas reuniu ontem, com os membros, para pedir mais cuidado com a realidade económica da população © Fotografia por: Edições Novembro

Em declarações à imprensa, adiantou que o valor da corrida do táxi só vai ser ajustado depois do Executivo aumentar o preço do combustível e se efectivar a retirada dos cartões de subvenção dos combustíveis. "O preço da corrida de táxi vai continuar a ser 150 até o dia 30 de Abril, pois os cartões estão a funcionar normalmente. O valor vai manter-se até que o Decreto Presidencial entre em vigor e os cartões sejam desactivados”, destacou.

Francisco Paciente assegurou, também, que a subida do preço do táxi é irreversível a nível de todo o país. Na altura certa, referiu, o preço da corrida vai ser ajustado em função da realidade económico-social da população.

A Anata, disse, vai apresentar antes uma proposta sobre os custos da manutenção dos veículos e o preço da corrida de táxi ao Ministério das Finanças, através da Agência de Regulação de Preços.

Rotas e preços

Em relação à problemática das rotas em Luanda, Francisco Paciente avançou que muitos dos associados são interpelados por agentes da Polícia Nacional pela especulação de preços da corrida. 

"Estamos a fazer um mapeamento das rotas de Luanda, muitas, desactualizadas há mais de dez anos. A Anata já apresentou uma proposta das rotas de Luanda ao Governo Provincial de Luanda para se propor melhorias e, assim, ajudar a evitar a alteração do preço da corrida do táxi”, explicou.

Situação do taxista

Actualmente, a Anata tem um total de 30.695 membros em mais de 12 províncias do país. A organização controla, igualmente, mais de cinco mil jovens em fase de recuperação social, vulgo lotadores.

De acordo com o dirigente máximo da associação, a situação económica e social dos taxistas registou, nos últimos dez anos, uma queda acentuada, na ordem dos 70 por cento, em relação ao período anterior. "Neste momento, estamos com uma produção diária de 52 mil kwanzas, o que causa a falência constante das frotas de táxis”, esclareceu.

Sem greve

Quanto às informações postas a circular nas redes sociais, sobre a suposta paralisação dos táxis nos dias 25 e 26, o presidente da Anata garantiu, ontem, que os seus associados não vão participar da mesma. "Uma paralisação de taxistas não se faz com um cartaz colocado nas redes sociais. Ela exige apresentação de uma proposta a quem de direito, por isso, não acredito em tal paralisação”, disse.

Francisco Paciente acrescentou que a greve é um acto de responsabilidade e não de vaidade. "A paralisação não é feita por mero capricho, mas sim pelos interesses legítimos da classe”, disse.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Sociedade