Política

Praga de gafanhotos destruiu 547 áreas de cultivo no Sul do país

A vaga de gafanhotos que assola o Sul do país destruiu 547 lavras. Segundo o director do Gabinete de Comunicação e Imprensa do Ser- viço de Protecção Civil e Bombeiros, Félix Domingos, a província do Cunene foi a mais afectada, com 487 áreas destruídas, sendo 57 no município do Cuanhama e 430 em Namacunde.

12/05/2021  Última atualização 07H30
Félix Domingos descreve situação provocada pela praga © Fotografia por: Alberto Pedro | Edições Novembro
Em conferência de imprensa destinada a fazer o balanço da visita de trabalho de 12 dias efectuada pelo comandante-geral da Protecção Civil e Bombeiros, Bensau Mateus, àquela região para aferir o grau de necessidades e preocupações da população provocadas pela  praga de gafanhotos e a seca, Félix Domingos acrescentou que no Cuando Cubango foram arrasadas 60 lavras, situação que vai contribuir para a insegurança alimentar. 

"A praga colocou em risco a produção de massambala e massango, podendo originar a fome na região", enfatizou. Para conter a vaga de gafanhotos,  a Força Aérea Nacional, com o apoio do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, está a pulverizar os campos e capacitar os camponeses que combatem os gafanhotos, estando disponíveis três aeronaves. Acrescentou que 14 mil famílias das províncias do Namine, Cunene e Huila recebem ajuda alimentar para minimizar o problema da seca e da fome. Só no município do Tômbua (Na-mibe), referiu, mais de sete mil famílias foram apoias com bens alimentares, en-quanto na Chibia beneficiaram de bens alimentares mais de três mil famílias.  

"O Executivo continua a intensificar o apoio logístico e assistência social às vitimas da seca nas províncias do sul do país. Temos agora o exemplo do Ministério da Comunicação Social que leva a cabo o projecto "Abraço Solidário" e Organizações Não Governamentais", referiu.   O director do Gabinete de Comunicação e Imprensa do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros acrescentou que as populações dessas províncias receberam, também, kitis de construção civil e mais de 200 moto-cisternas para levar água às zonas mais criticas. Em zonas de difícil acesso, acrescentou, a alimentação tem chegado à população por via de bicicletas. 

"As populações foram aconselhadas a abandonar as zona de risco para estarem alojadas em áreas mais seguras e com mínimas condições, mas, por questões culturais, acabam por regressar às zonas onde já saíram, colocando em risco a própria vida em caso das inundação", referiu. Félix Domingos disse que as chuvas inundaram mais de 1.500 residências em Ondjiva, província do Cunene, acrescentando que todo apoio foi prestado à população afectada no sentido de minimizar o sofrimento. 

"Foram encontradas nas três províncias preocupações relacionadas com a recuperação de meios de trabalho". Esta semana, sublinhou,  segue viagem  uma equipa técnica para continuar a recuperar viaturas  avariadas que tanta falta faz para completar o trabalho ". Félix Domingos acrescentou que a visita concluiu ser urgente ter meios  rolantes mais modernos para combater incêndios nos aeroportos das três províncias mais ao sul do país.  

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