As características físicas, climáticas e demográficas do território angolano constituem o maior activo necessário para que o país se torne num dos maiores exportadores de produtos agropecuários, com recurso à utilização de insumos de grande eficiência.
A revelação foi feita ao Jornal de Angola pelos membros de uma comitiva constituída por 13 empresários do ramo agropecuário do Brasil que efectuou um périplo pelo interior das províncias para avaliar as condições existentes com vista ao fomento do agronegócio.
O grupo de especialistas, que ontem foi recebido pelo Conselho de Administração do Fundo de Garantia de Crédito (FGC), foi unânime em perspectivar o alcance da segurança alimentar de Angola, em função das semelhanças com a maior região agrícola do Brasil (Vale do Rio Grande), e o interesse das autoridades em apoiar a produção nacional.
De acordo com o director-geral da empresa especializada em controlo biológico de pragas "Vera Nova Angola”, Eduardo Aquino, a vantagem de Angola reside na possibilidade de aproveitar a experiência de outras geografias, de modo a não incorrer em erros como aqueles que o Brasil teve de superar no passado por falta de conhecimento.
Controlo de pragas
O país deve continuar a capacitar os operadores para se tornar numa potência agrícola moderna e profissional, considerou, em Luanda, o director-geral da empresa Vera Nova Angola, Eduardo Aquino.
O responsável, que falava à imprensa sobre "Controlo Biológico de Pragas” num evento destinado às lideranças do agronegócio angolano, explicou que independentemente do modelo agrícola a executar, precisa de ser modernizada e sustentável para tornar menos agressivo à natureza.
De acordo com o especialista, Angola possui semelhanças com o Brasil neste sector, nomeadamente em aspectos climáticos e na qualidade dos solos.
Sublinhou que Angola pode passar de importador a exportador alimentar nos próximos tempos, caso consiga tirar proveito das experiências do seu país.
Assegurou que a utilização de produtos biológicos é uma solução para o país aumentar os seus níveis de produção e promover maior segurança para o campo do ponto de vista de contaminação dos produtos.
O presidente da Associação Agro-Pecuária de Angola (AAPA), Wanderley Ribeiro, disse que o assunto é novo para o país e pode ajudar a reduzir a sua posição na utilização de produtos agro-químicos e elevar a produção. A utilização de biodefensivos e biofertilizantes vem contribuir também na perspectiva da agricultura familiar, diminuindo os riscos que esta área traz para a segurança alimentar.
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