Benguela tem capacidade para produzir mais de um milhão de toneladas de sal por ano, considerou o empresário Adérito Areias, com operações de envergadura no sector, à margem da visita do ministro da Economia e Planeamento a essa província, na última semana.
Mário Caetano João afirmou, ao percorrer as salinas de Calombolo, detida por Adérito Areias, e Tchicambi, que a província tem capacidade alavancada para produzir 500 mil toneladas por ano, posicionando-te entre os dois ou três primeiros de produtores continentais.
Adérito Areias, conhecido como o maior produtor do país, estima que, com a produção de mais de 250 mil toneladas de sal por ano e o curso de operações para acelerar para 500 mil toneladas, o país pode elevar-se à auto-suficiência e a uma realidade mais dinâmica nesse sector.
"Neste momento, estamos a vender muito sal para fora do país, mas temos que produzir mais porque a África precisa de muito sal”, disse o empresário à nossa reportagem.
Apesar de as quantidades actuais serem, ainda, irrisórias diante da procura, "nós vamos chegar a explorar 500 mil toneladas, mas podemos produzir um milhão de toneladas e vai ser vendidas em África”, onde o país tem apenas o Egipto e a Namíbia como concorrentes.
Considerou que o negócio das salinas angolanas implantadas em Benguela pode beneficiar do Corredor do Lobito, uma plataforma da logística de transportes que agrupa um porto, extensa linha de caminhos-de-ferro, estradas e aeroportos, ligando a costa atlântica angolana ao Congo Democrático e a Zâmbia.
A estratégia angolana para prevalecer sobre os concorrentes na oferta de sal, apontou, deve basear-se na posição geográfica do país. "Nós conseguimos chegar muito mais rápido ao centro de África, do que qualquer um deles, tendo em conta a transportação”, disse.
A logística de transporte é a vantagem comparativa do sal angolano, porquanto, apesar de o preço do produzido em Angola ser equivalente ao da oferta do Egipto e da Namíbia, mas estes últimos países não possuem da infra-estrutura logística para chegar à procura: "vai-se ganhar no transporte", disse.
"A Namíbia, notou, leva o sal de camião de Walvis Bay a Lubumbashi, República Democrática do Congo, o que é caro”, salientando que "nós, pelo Caminho-de-Ferro, vamos chegar a Lubumbashi num piscar de olho".
"O caminho-de-ferro vai colocar o sal feito em Angola a um preço baixo no centro de África, portanto, é fundamental isso”, destacou, reconhecendo que, o positivo reside no facto de que há muitos jovens a produzir sal, o que considerou importante para o país.
O expoente da entrada de jovens na produção de sal a salina Tchicambi, a qual Adérito Areias definiu que "o empreendimento deve servir de estímulo à juventude”, para além de que muitos outros estão a empreender na Avicultura e Agricultura.
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