Economia

Pólo diamantífero pode arrancar este ano

O Pólo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo (PDDS), cuja construção está a ser suportada pela Sodiam e pela empresa indiana KGK, pode ser inaugurado ainda este ano, a julgar pelo avanço das obras.

19/01/2021  Última atualização 19H24
A infra-estrutura vai ser uma mais-valia para o desenvolvimento do sector na região © Fotografia por: DR
A constatação foi feita por uma delegação do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, encabeçada pelo secretário de Estado para os Recursos Minerais e Petróleos, Jânio Correia Víctor, que se deslocou àquela província para constatar "in loco” o andamento das obras.
Na Lunda-Sul, a delegação efectuou igualmente uma visita à Escola de Lapidação de Diamantes de Saurimo e as obras da construção de uma central de armazenamento de combustíveis de 900 metros cúbicos, um investimento da Sonangol Logística. 

As obras do PDDS que está a ser erguida próximo da cidade de Saurimo, a caminho de Catoca e Dundo (depois de atravessar o rio Mwangeji), tiveram início em Setembro de 2019 e ocupa uma área de mais de 305 mil quilómetros quadrados.
Segundo dados do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, no perímetro crescem vários edifícios de estruturas metálicas, revestidos em alvenaria e acabamentos em vidros e outros materiais que conferem qualidade e modernidade às obras.
Muitos banqueiros estão também atentos para mais uma oportunidade de negócios, por isso, acompanharam também a visita do governante.

O embaixador do Reino da Bélgica em Angola, Josef Smets, foi um dos integrantes da delegação a Saurimo que se mostrou bastante satisfeito, que segundo o diplomata, foi ver de perto as obras para melhor influenciar os empresários do seu país para investir, em função do potencial diamantífero que ostentam, sobretudo a Antuérpia, a principal bolsa de diamantes.
A Kapu Gems é uma das empresas que já está a instalar uma lapidadora no pólo de Saurimo.

A directora executiva da empresa Kapu Gems, Judith Dias, disse que o recrutamento de pessoal, será feito localmente e vai inclui uma formação profissional na Índia, país detentor de experiência e conhecimento em lapidação.
"A perspectiva é iniciar com 100 empregos progressivos”,  disse a responsável, sem avançar o valor dos investimentos feitos.
No recinto pode-se identificar, sem dificuldades, a área de formação, residências para estudantes e professores , zona comercial e três unidades de lapidação de diamantes que devem estar prontas antes da inauguração. Empresas  como a Sodiam, Endiama, KGK e  a Kapu Gems estão no local, onde  cerca de quinhentas pessoas já encontraram emprego.

Infra-estruturas

O pólo vai ser composto por três áreas, designadamente, comerciais, industriais e uma central híbrida.
A área comercial que será de acesso público, vai ter restaurantes, bancos, escritórios, centro de convenções e de formação,
A zona industrial de acesso restrito, será composta por 26 lotes de diferentes dimensões para implementar as fábricas ligadas ao sector minério e diamantífero.
No que toca à central híbrida, será composta  por energia solar e térmica e servirá para tornar o projecto independente no que diz respeito à captação de energia.

O empreendimento terá ainda um centro de formação de avaliação e lapidação de diamantes da Sodiam que substituirá o centro provisório e passará a funcionar na cidade de Saurimo.
Os 35 jovens que fazem parte de um total de 50 candidatos seleccionados  num concurso público realizado em cooperação com o Instituto Nacional de Emprego e Formação profissional (INEFOP), vão ser os primeiros a serem empregados na maior fábrica de lapidação de diamantes do país.
Os restantes 15 vão receber formação na Índia.    

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