Política

Políticos e religiosos falam em maior acordo celebrado

Lourenço Bule | Menongue

Jornalista

Líderes políticos e religiosos e agentes da sociedade civil, em Menongue, província do Cuando Cubango, consideram a paz factor representativo do maior acordo jamais celebrado entre a UNITA e o MPLA.

03/04/2024  Última atualização 09H08
Personalidades destacam ganhos da reconciliação © Fotografia por: Edições Novembro
As personalidades ouvidas pelo Jornal de Angola sustentam a afirmação com o facto de o feito ter marcado o início do processo de união e reconciliação nacional entre os angolanos, com realce para a aproximação das forças políticas directamente envolvidas no conflito armado, que durou cerca de 30 anos.

Para o secretário do Departamento de Informação e Propaganda do MPLA no Cuando Cubango, Miguel Kanhime, os jovens e as futuras gerações jamais podem pensar em desencadear uma guerra, tendo em conta as repercussões das mesmas.

A paz e a reconciliação nacional no seio dos populares da província, disse o político, são vividas num ambiente de bastante concórdia, onde militantes dos distintos partidos políticos do país  vivem num abraço à  fraternidade e à solidariedade.

"É necessário contribuirmos sempre para a consolidação da paz, unidade e reconciliação nacional, através dos contos do passado, visto que o nosso presente é o resultado de ontem, com marcas boas  e menos boas”, disse, acrescentando que o importante é conhecer, profundamente, a história do país, desde a luta pela Independência até à conquista da paz.

Factor de união

O moderador do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA) no Cuando Cubango, Júlio Simão Sikembe, considerou a paz um factor de união para todos os angolanos, tendo ressaltado que para que a mesma seja consolidada é necessário que o Estado angolano elimine as assimetrias existentes em muitas províncias do país, tendo em conta que as mesmas proporcionam um sentimento de negação, diferença e rejeição, que, de certa forma, vão criando conflitos no seio das pessoas.

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