Sociedade

Polícia Nacional exorta mulheres a cumprirem missões com dedicação

Manuel Fontoura | Ndalatando

Jornalista

A Delegada do Ministério do Interior e comandante municipal da Polícia Nacional no Quiculungo apelou às mulheres da corporação a mostrarem mais trabalho, competência, transmitir segurança e confiança aos superiores hierárquicos no cumprimento das missões a si designadas.

24/03/2023  Última atualização 07H25
Deolinda de Melo é a actual comandante de Quiculungo © Fotografia por: Manuel Fontoura| Edições Novembro

Deolinda Manuel Diogo de Melo, a superintendente que assume a chefia do sector  naquela localidade, que dista 140 quilómetros a Norte da cidade de Ndalatando, província do Cuanza-Norte, que falava ao Jornal de Angola no quadro do "Março Mulher” exortou as colegas no sentido de se engajaremmais nas suas tarefas.

Actualmente, com 50 anos, nasceu no município de Cazengo, no bairro Embondeiros, arredores da cidade de Ndalatando, província do Cuanza-Norte, em 1973, é mãe de dois filhos. A mulher realçou que, às vezes, é obrigada a agir " como um homem e não como uma mulher” com mais atitude, uma transformação que, segundo disse, adquiriu no seio da corporação, ao beber das experiências dos seus chefes e colegas homens.

Deolinda de Melo, na primeira pessoa, destaca o percurso da mulher que tem responsabilidade de velar pela segurança e manutenção da ordem pública naquele território cuanza-nortenho.

 

Ingresso e percurso

Deolinda Manuel Diogo de Melo é efectiva da Corporação desde 1994 e considera-se, hoje, uma mulher forte nas suas convicções.

Conta que entrou na Corporação através de uma comunicação verbal de um amigo, sobre o preenchimento de vagas, no comando provincial a 14 de Abril de 1994, na cidade do Dondo, município de Cambambe, província do Cuanza-Norte, período em que reinava a guerra civil em Angola.

"Na altura, o país estava mergulhado na guerra e havia poucos efectivos da Polícia, então decidi juntar-me à corporação e realizar também o meu sonho de ser Polícia”, contou a interlocutora, que tem como inspiração os Comandantes Escurinho, Paulo e Cafundanga.

Agora, no cargo de delegada do Interior e comandante municipal da Polícia Nacional, diz ter responsabilidades acrescidas, mas o seu sonho é continuar e seguir em frente e alcançar outros patamares ao longo da carreira.

A superintendente diz que se inspira na actual Conselheira do Comandante-Geral, comissário-chefe, Elizabeth Ranque Franque, por, na sua opinião,  "ser uma mulher com garra”. Revela que uma das suas grandes memórias na corporação tem a ver com o dia em que começou a trabalhar na especialidade de trânsito, a sua grande paixão.

"Quando entrei para a Polícia Nacional, um tempo depois, participei numa formação para Polícia de Ordem Pública, na ex-Escola da Polícia, Capolo-1, e após o meu regresso, fui colocada na Unidade de Trânsito, como agente reguladora de trânsito, o que para mim foi um grande acontecimento na minha vida porque sempre tive essa paixão de regular o trânsito automóvel”, contou.

Promoção do género

Sobre a promoção à função que ostenta por parte das mulheres, Deolinda Manuel Diogo de Melo, diz ser ainda "uma gota no oceano”. Segundo ela, falta a indicação dos superiores para a elevação de mais mulheres a cargos de chefia.

Frisou que neste particular, as mulheres devem mostrar mais trabalho, competência e transmitir segurança e confiança aos superiores hierárquicos, apelando por outro lado as suas colegas, no sentido de se pré-disponibilizarem mais, em relação ao cumprimento das missões a si designadas com empenho e dedicação.

 

 

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