O suspeito, de 42 anos, foi apresentado, terça-feira, no Departamento de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP), tendo em conta que pesam sobre ele elementos que provam o seu envolvimento em supostas ligações e venda ilegal de água.

O inspector-chefe Quintino Ferreira, do DIIP, explicou que o mesmo indivíduo também é suspeito de estar envolvido na vandalização de bens públicos, comercialização de  água extraída de uma conduta da Epal, depois de desviar o curso normal desse produto.

Quintino Ferreira avançou que o indivíduo foi apanhado em flagrante delito, na sequência de uma denúncia de que pertencia a uma rede de malfeitores, que se dedica à ligação ilegal e desvio do curso de água. A fonte do DIIP esclareceu que o grupo a que o detido pertence criou um espaço, através do qual recebe a água desviada da conduta e estabelece ligações para clientes interessados.

"Naquele bairro, quem quisesse ter água dependia, exclusivamente, deles, por meio do pagamento de dez mil kwanzas, porque eles impediam que a água da conduta chegasse ao chafariz, onde a população recorria para adquirir o produto a baixo custo”, disse.

O inspector-chefe do DIIP disse que, por ser um crime que envolve outras pessoas, as investigações decorrem para apurar outras informações. Quintino Ferreira afirmou que o DIIP encara com preocupação o fenómeno do garimpo de água, por ser uma prática contínua que lesa o Estado, que gasta elevadas somas para projectos de abastecimento às comunidades.