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Polícia Judicial detém um activista em Dakar

Um activista e um pastor foram detidos, em Dakar, por abuso do direito ao uso das redes sociais, violação das normas cívicas e ofensas morais ao Primeiro-Ministro senegalês, Ousmane Sonko, disse, ontem, uma fonte da Polícia de Investigação Criminal.

23/05/2024  Última atualização 13H45
© Fotografia por: DR

Os dois homens estão a ser investigados por "espalharem notícias falsas" e "ofenderem" o chefe do Governo, noticia a AFP. O activista Bah Diakhaté, detido na segunda-feira pela Divisão de Investigação Criminal (DIC), da Polícia Judiciária, atacou Sonko num vídeo, depois de este ter feito uma declaração sobre o tema da homossexualidade, na passada quinta-feira. Noutro vídeo, o pregador Cheikh Ahmed Tidiane Ndao, agora detido, também pela DIC, critica o Primeiro-Ministro pela complacência em relação à homossexualidade. O debate sobre a homossexualidade ressurgiu no Senegal após as observações feitas por Sonko, na quinta-feira, durante uma visita do opositor radical de esquerda francês Jean-Luc Mélenchon. Sonko, um defensor da soberania e do pan-africanismo, alegando preocupações sociais e valores tradicionais, criticou as tentativas dos países ocidentais de imporem o seu modo de vida aos países africanos e de promoverem a legalização da homossexualidade.

A homossexualidade é amplamente considerada como um desvio no Senegal, onde a lei pune os actos considerados "contra a natureza com um indivíduo do mesmo sexo" com uma pena de prisão de um a cinco anos. Sonko apelou ao respeito dos países ocidentais pelas características específicas das sociedades africanas, para as quais "a questão do género não é nova", afirmando que "a gerem à sua maneira".

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