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Plano para reduzir riscos de desastres é actualizado

A Comissão Nacional de Protecção Civil (CNPC) realizou, quarta-feira, em Luanda, um encontro para a actualização do Plano Estratégico de Prevenção e Redução do Risco de Desastres e do Plano Nacional de Preparação, Contingência, Resposta e Recuperação de Calamidades e Desastres.

16/03/2023  Última atualização 07H05
Comissário Bensau Mateus presidiu ao encontro de especialistas da Protecção Civil © Fotografia por: RAIMUNDO MBIYIA | EDIÇÕES NOVEMBRO

O encontro serviu para avaliar o nível  de implementação dos respectivos planos, o grau de operacionalidade face aos cenários de risco de desastres pré-estabelecidos, assim como as capacidades, mecanismos de coordenação, boas práticas internacionais e identificação das lacunas, reordenação e actualização destes projectos.

O comandante do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB), comissário bombeiro principal Bensau Mateus, disse que muitos países da região Austral, Angola em particular, estão a ser confrontados por eventos climáticos extremos que ameaçam milhares de pessoas, através de episódios simultâneo de seca e inundações, ciclones e terramotos.

Estes fenómenos, destacou, exigem o estabelecimento de mecanismos de orientações estratégicas e operacionais adaptados ao contexto das alterações climáticas. "O potencial para impactos ou as consequências destas ameaças não é impulsionado apenas pelos fenómenos de origem, como por exemplo as inundações. A maioria é o resultado da interacção entre ameaças, o grau de exposição das pessoas, o meio de vida e o nível de vulnerabilidade, associados a factores subjacentes como a pobreza e a educação”, mencionou.

A actualização dos planos, explicou, representa a forma como Angola se posicionará, no futuro, no contexto internacional e regional, quanto a redução de riscos de desastres e o nível das respostas às emergências.

"Os participantes devem ser deste encontro comprometidos com a causa e trabalhar para criar um plano bem estruturado, capaz de ajudar a reduzir os riscos de desastres e solucionar os problemas que afligem as populações”, sublinhou.

Durante o encontro, Bensau Mateus recordou, citando o secretário de Estado do Interior para o Asseguramento Técnico, Carlos Albino, que "o objectivo do encontro é definir novas linhas de orientação estratégicas e operacionais, de forma a ter melhores mecanismos orçamentais, organizacionais e de liderança nas acções de prevenção, redução de risco e resposta às emergências”.

Para a materialização de alguns destes planos, avançou, é importante ter um elevado grau de exigência, rigor e eficácia na condução de algumas actividades de prevenção.

Revisão dos documentos

O representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD-Angola) explicou que o encontro aconteceu na sequência de um trabalho de revisão de dois documentos importantes para Angola, no quadro da redução do registo de desastres e acção humanitária.

Avelino Janeiro considerou ainda importante que os planos estejam alinhados nos princípios estipulados diante do quadro de Sendai, um instrumento sobre aspectos ligados à redução de riscos e desastres, assim como as premissas estabelecidas dentro do quadro de acordo de Paris.

"A questão de perdas e danos está cada vez mais urgente, faz sentido fazer referência a esses elementos de forma que a questão da resiliência seja amplamente incorporada dentro do processo em curso na finalização do Plano Nacional de Desenvolvimento”, disse.

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