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O presidente do MPLA, João Lourenço, destacou, esta sexta-feira, em Luanda, que as infra-estruturas são, em regra, dispendiosas, levam anos a ser construídas, “mas são necessárias para o desenvolvimento económico e social do nosso país”.
A província do Bengo conta, actualmente, com 286 escolas, entre novas e antigas, das quais 225 do ensino primário, 45 do I ciclo do ensino secundário, nove do II ciclo, dois para a formação de professores e quatro de ensino médio técnico, fruto dos investimentos feitos no sector nos últimos dois anos, através do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
A informação foi avançada, ontem, em Caxito, capital do Bengo, pelo vice-governador provincial para os sectores Político e Social, José Bartolomeu Pedro, durante a visita da ministra da Educação, Cultura e Ciências de São Tomé e Príncipe, Isabel Gabriel.
O vice-governador reafirmou que a província, através do PIIM, contou com investimentos significativos para a melhoria das infra-estruturas de ensino, com a reabilitação e construção de escolas de carácter definitivo, que permitiram inserir, no presente ano lectivo, 139. 526 alunos nos diversos níveis de ensino, com maior número no município do Dande, com 81. 695 alunos.
Cerca de 4.123 professores, distribuídos nas diferentes escolas, suportam o Sistema de Ensino em toda a província.
"É grande a responsabilidade que recai sobre os nossos ombros, formar as futuras gerações, garantindo uma educação de qualidade, pelo que devo manifestar aqui a satisfação pelo Ministério da Educação escolher o Bengo como um dos pontos de visita da ministra de São Tomé e Príncipe da Educação, Cultura e Ciências”, realçou o governante angolano.
Durante a visita ao Magistério Primário Kimamuenho, no bairro da Caboxa, a ministra de Educação, Cultura e Ciências de São Tomé e Príncipe exortou os alunos a manterem uma conduta adequada durante e após a formação, e a enfrentarem o desafio das novas tecnologias de informação.
"Não existe ex-professor. Sejam profissionais para mostrarem o que aprenderam nas salas de aula, porque aprendemos para ensinar, mas não para banalizar o ensino, devido ao surgimento das novas tecnologias. Temos que ensinar e primar pela qualidade. O professor é o espelho do aluno”, aconselhou.
No final, a governante são-tomense mostrou-se satisfeita com o que viu e considerou a visita uma oportunidade para reforçar mais a amizade entre Angola e São Tomé e Príncipe, países que sempre tiveram laços fortes de cooperação.
A ministra Isabel Gabriel elogiou o ensino da caligrafia nas actividades extra-escolares, no Kimamuenho.
"Nós, em São Tomé, já não temos Magistério Primário. Apenas permitimos que os alunos façam a licenciatura nesta área durante quatro anos”, elucidou.
Considerou que a visita serviu para trocar experiências com as autoridades angolanas ligadas ao ramo da Educação.
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